A prisão de Silvinei, ocorrida na madrugada desta sexta-feira (26) em Assunção, no Paraguai, representa o encerramento de uma série de processos judiciais que ganharam força ao longo de 2025. A situação se agravou quando Silvinei tentou embarcar para El Salvador utilizando um passaporte paraguaio pertencente a outra pessoa, após ter rompido a tornozeleira eletrônica que lhe era imposta.
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Principais Acusações Contra o Ex-Gestor
A situação legal de Silvinei já era delicada, e agora se complica com novas acusações. A principal investigação, que levou à prisão preventiva em 2023, busca determinar se a PRF foi utilizada de forma institucional para interferir nas eleições presidenciais de 2022.
A Polícia Federal investiga se houve direcionamento de recursos e o envio de efetivo para realizar blitz em massa na região Nordeste, especificamente no dia 30 de outubro de 2022.
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A suspeita é que essas operações visavam dificultar o deslocamento de eleitores em municípios onde o então candidato Luiz Inácio da Silva tinha maior apoio. Dados da própria PRF e do Ministério da Justiça indicam que o volume de fiscalizações em ônibus no Nordeste foi significativamente maior do que em outras regiões do país naquele dia.
Descumprimento de Ordem Judicial
Adicionalmente, a investigação aponta para o descumprimento de uma ordem judicial. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro , determinou expressamente a suspensão de qualquer operação da PRF que pudesse bloquear o transporte de eleitores.
Apesar dessa ordem, as operações de fiscalização continuaram durante o período de votação, e Silvinei foi notificado para prestar esclarecimentos ao TSE no dia do pleito.
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Crimes Investigados
As investigações policiais enquadram as ações de Vasques e outros membros da cúpula da PRF em possíveis crimes previstos no Código Penal e no Código Eleitoral. Entre eles, a suspeita de prevaricação – retardar ou impedir a prática de um ato de ofício para atender a interesses pessoais, e violência política, que se refere a restringir ou dificultar o exercício de direitos políticos, incluindo o impedimento ao sufrágio, que é a impossibilidade de votar.
Outras Acusações
Além das questões criminais, Vasques enfrenta ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Federal. O MPF alega que o ex-diretor utilizou o cargo e os símbolos da instituição para fazer campanha eleitoral. Um exemplo disso foi uma postagem em suas redes sociais pessoais, na véspera do segundo turno, onde publicou uma imagem com a bandeira do Brasil e um pedido de voto para o então candidato à reeleição, .
Essa publicação foi posteriormente removida.
