Simulador de drogas se torna tendência em jogos indie em 2025

O maior sucesso independente de 2025 é, surpreendentemente, um simulador de negócios ilícitos focado no tráfico de drogas, intitulado “Schedule 1”. O jogo, lançado em acesso antecipado pela desenvolvedora australiana TVGS, já acumulou quase meio milhão de jogadores simultâneos na Steam, tornando-se o título independente mais popular do ano até agora.

após o lançamento em março, “Schedule 1” alcançou o topo do ranking de jogos mais jogados da plataforma, mantendo a primeira posição por mais de duas semanas. Em abril, teve 460 mil jogadores conectados simultaneamente, ultrapassando grandes produções e surpreendendo a indústria.

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Jogabilidade polêmica

O jogador inicia o jogo vendendo maconha em pequena escala e, ao avançar, expande o negócio para substâncias mais pesadas, como metanfetamina e cocaína. O sistema replica a lógica de jogos de tycoon, onde o jogador contrata funcionários, administra clientes e enfrenta desafios inesperados.

A programação 1 apresenta um estilo visual humorístico e exagerado, com avatares virtuais consumindo substâncias, expelindo fumaça e, em algumas ocasiões, incendiando-se – uma estética que combina humor negro e crítica social, mas que também provocou polêmica nas redes.

Sucesso e imitações.

O sucesso do simulador de drogas levou ao surgimento de jogos com nomes parecidos na PlayStation Store, sem ligação com o original. A TVGS avisou os fãs no X (antigo Twitter) que não existem versões oficiais do jogo para consoles até o momento.

O estúdio declarou que gostaria de lançar o Schedule 1 para consoles no futuro, mas somente após o jogo estar completo. Comunicará a comunidade antes de qualquer ação.

Apesar de seu lançamento limitado ao PC, o fenômeno já atrai a atenção de jogadores de outras plataformas, sugerindo um possível lançamento mais amplo no futuro.

Uma Nova Geração de Tycoonês

Jogos de simulação de negócios possuem uma extensa trajetória de sucesso. Títulos como RollerCoaster Tycoon e Cities: Skylines contribuíram para a popularização do gênero, permitindo que jogadores desenvolvessem parques de diversão ou cidades completas. Schedule 1, contudo, introduz um elemento controverso, explorando o universo do crime com sistemas de gestão empresarial.

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A fórmula também recorda o modo online de Grand Theft Auto, onde o jogador pode praticar atividades criminosas como roubos e tráfico em troca de dinheiro e recompensas. Contudo, ao contrário de GTA, que integra isso em um mundo aberto com diversas missões e narrativas, Schedule 1 concentra-se unicamente na progressão dentro do mercado ilegal.

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Antecedentes e disputas.

Apesar de inovador na sua execução, o conceito não é exatamente inédito. Em 2020, a Movie Games SA lançou o Drug Dealer Simulator, um jogo com premissa semelhante. A empresa afirma estar investigando possíveis semelhanças entre seu título e Schedule 1, levantando suspeitas de plágio ou inspiração excessiva.

A situação competitiva no mercado de jogos adultos e polêmicos se intensifica. A Rockstar Games, conhecida por Grand Theft Auto, adiou o lançamento de Grand Theft Auto 6 para maio de 2026, resultando em uma queda de até 8% nas ações da Take-Two Interactive, sua controladora.

Continuação e expectativa.

Ainda em acesso antecipado, “Schedule 1” já demonstra ser um caso de sucesso. Espera-se que o lançamento completo apresente novas funcionalidades, níveis de complexidade e possivelmente um modo multiplayer.

Com seu tom irreverente e mecânicas viciantes, o jogo reacende o debate sobre até onde a liberdade criativa pode ir quando o tema central envolve a romantização de atividades ilegais. Contudo, o mercado e os jogadores parecem receptivos — ou, no mínimo, curiosos — sobre este novo expoente do gênero tycoon.

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Fonte: Adrenaline