Sindicatos de trabalhadores de pelo menos nove estados se reunirão na terça-feira, 23, para discutir os próximos passos da greve que começou na última quarta-feira, 17. Os servidores estão analisando uma proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), resultado de negociações entre as entidades sindicais e a direção dos Correios.

A EXAME apurou que a proposta não atende a todas as demandas da categoria, mas uma reunião agendada para segunda-feira deve determinar se ela será aceita ou não. Caso a proposta seja rejeitada, uma greve mais ampla pode ser iniciada.

Principais Pontos da Proposta

A proposta do TST inclui um reajuste salarial de 5,13%, com o pagamento a partir de abril de 2026, retroativo aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2026. Além disso, prevê a reposição integral da inflação, calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC) no período de agosto de 2025 a julho de 2026, a partir de 1º de agosto de 2026.

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Garantias Adicionais

A proposta também assegura que o reajuste salarial se aplicará a todas as cláusulas com impacto econômico, incluindo benefícios e a função motorizada (MV), garantindo o direito a toda a categoria. Os sindicatos destacam que a proposta garante o pagamento de 70% das férias, com a garantia clara e completa, diferente do acordo anterior que previa apenas o pagamento proporcional.

Importância da Manutenção do Serviço

Os sindicatos enfatizam que a manutenção da entrega matutina é crucial para garantir condições de saúde, segurança e organização da jornada de trabalho, evitando mudanças que poderiam ter impactos negativos para os trabalhadores. A proposta também mantém o plano de saúde dos trabalhadores em sua configuração atual, com os Correios assumindo o papel de mantenedores.

Vigência do Acordo

O acordo coletivo terá duração de dois anos, conforme informado pelos sindicatos. A situação da greve ocorre em um momento delicado para a empresa, que busca um empréstimo de R$ 12 bilhões para cobrir prejuízos financeiros.