Situação tensa na Venezuela: O exército do Brasil envia reforço militar para Roraima antes do previsto
06/12/2023 às 6h35
Em meio às tensões entre Venezuela e Guiana por disputa territorial, o Exército brasileiro antecipou o envio de um reforço de tropas e veículos militares nas cidades de Pacaraima e Boa Vista, em Roraima.
O Ministério da Defesa anunciou na última sexta-feira (1º) que vai intensificar a segurança na fronteira. Serão enviadas 16 viaturas blindadas e 12 jipes para o norte de Roraima. A chegada está prevista para daqui cerca de 20 dias.
Os veículos serão levados para formar uma nova unidade militar na capital do estado.
Na região de Roraima, a 1ª Brigada de Infantaria de Selva possui quase dois mil militares em seu efetivo. A brigada está fortalecendo suas atividades na fronteira para cumprir sua missão de monitorar e proteger nosso território.
Em meio à tensão entre a Venezuela e a Guiana, o Exército decidiu enviar tanques para Roraima.
Devido à tensão entre a Venezuela e a Guiana, o Exército está enviando tanques para Roraima.
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O Exército ainda afirma que, conforme sua missão Constitucional de Defesa da Pátria, vem mantendo, através de seu Sistema de Inteligência e de alertas, constante monitoramento e prontidão de seus efetivos para garantir a inviolabilidade das fronteiras brasileiras.
O plano militar envolve a adição de mais soldados e veículos blindados na região, os quais serão transferidos de locais do sul e centro-oeste do país para Roraima.
Há tensão na fronteira
Segundo o governo de Roraima, a área perto da fronteira tem poucos moradores e qualquer atividade não afeta muito o estado. A quantidade de venezuelanos que entram pela região é constante, em média entre 500 e 750 por dia.
O governo estadual afirma que está monitorando a situação em parceria com o governo federal.
O exército diz que, do lado brasileiro, o movimento na fronteira tem sido normal.
Roraima teve o maior número de solicitações de refúgio avaliadas pelo Conare em 2022, com 41,6%. A maioria (quase 60%) dessas solicitações foram registradas nos estados do Norte do Brasil.
De acordo com Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), somente no ano de 2022, 50.355 mil imigrantes solicitaram refúgio no Brasil — um aumento de 74,16%, em apenas dois anos. Dessa porcentagem, 67% são venezuelanos.