Sonda espacial soviética afunda no Oceano Índico após 53 anos em órbita

Nave projetada para explorar Vênus apresentou falha técnica e permaneceu em órbita por um século. Módulo afundou no oceano próximo à Indonésia.

10/05/2025 19:21

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Sonda espacial soviética afunda no Oceano Índico após 53 anos em órbita
(Imagem de reprodução da internet).

Uma sonda espacial lançada há 53 anos pela antiga União Soviética para explorar o planeta Vênus retornou à Terra e caiu no Oceano Índico neste sábado, 10, informou a agência espacial russa Roscosmos.

Lançado em março de 1972, o módulo Cosmos 482 nunca cumpriu sua missão de chegar a Vênus devido a um problema técnico em seu foguete que o afastou do curso, permanecendo em órbita ao redor da Terra.

A Roscosmos informou que a Cosmos 482 entrou na atmosfera da Terra e caiu no oceano a oeste de Jacarta, na Indonésia. A localização precisa não foi determinada e, até o momento, não houve relatos de detritos recuperados. Caso os fragmentos sejam encontrados, eles pertencerão à Rússia, em conformidade com um tratado internacional.

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A Agência Espacial Europeia também monitorou a reentrada da sonda na atmosfera terrestre.

O programa soviético de exploração de Vênus

A Cosmos 482 era parte do programa Venera da União Soviética, que lançou diversos veículos espaciais a Vênus entre 1961 e 1983.

A tarefa consistia em transportar para o planeta um módulo de pouso munido de instrumentos científicos, como um espectrômetro de raios gama, fotômetro e sensores atmosféricos.

A Cosmos 482 desviou-se da trajetória após seu lançamento, apesar de diversas sondas Venera terem transmitido dados da superfície do planeta.

Após uma aparente tentativa de lançamento em uma trajetória de transferência para Vênus, a nave se fragmentou em quatro partes: duas permaneceram em órbita baixa da Terra e se desintegraram em 48 horas, enquanto os demais (presumivelmente o módulo de pouso e a unidade de motor do estágio superior destacada) entraram em uma órbita mais elevada, segundo informações da NASA.

Reentrada considerada.

Agências espaciais monitoravam de perto um módulo de quase 500 quilos e um metro de diâmetro, devido à preocupação com os riscos da sua reentrada.

Especialistas alertaram que, devido à sua construção robusta em titânio – ela foi projetada para sobreviver à atmosfera severa de Vênus – a sonda poderia chegar à superfície da Terra praticamente intacta.

Devido à reentrada descontrolada, existia o risco da sonda atingir o solo, com um impacto semelhante ao de um meteorito.

A Rússia planeja lançar uma nova missão espacial a Vênus, denominada Venera-D ou Venera 17, que representa a continuidade do programa da era soviética.

Apesar de ter aproximadamente o mesmo tamanho que a Terra, o planeta é reconhecido como “gêmeo maligno”. As temperaturas extremas, a pressão sufocante, a atmosfera tóxica, as nuvens corrosivas e a intensa atividade geológica o tornam um dos ambientes mais inóspitos do sistema solar.

Fonte: Carta Capital

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