Sonia Guajajara será homenageada com o título de doutora honoris causa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Uma instituição de ensino superior nacional homenageia, pela primeira vez, um indivíduo pertencente a uma comunidade indígena com sua maior distinção.

25/05/2025 17h43

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(Imagem de reprodução da internet).

A ministra das Políticas Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, receberá o título de doutora honoris causa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) na próxima quarta-feira, 28.

A universidade brasileira está promovendo, pela primeira vez, sua mais importante homenagem a uma pessoa indígena. A cerimônia de entrega será aberta ao público, a partir das 16h da próxima quarta-feira, no Teatro Odylo Costa Filho, localizado no Campus Maracanã.

A concessão do título de doutor honoris causa é a mais importante realizada pela Uerj, tendo sido aprovada em sessão do Conselho Universitário no ano anterior.

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A distinção pode ser concedida a figuras notáveis, de origem nacional ou internacional, que se diferenciaram notavelmente por sua contribuição à cultura, à educação ou à humanidade.

A homenagem a Sonia Guajajara, conforme o relatório que fundamentou a decisão do conselho, reconhece o conhecimento indígena como um saber autêntico e de grande relevância para o povo brasileiro.

Engajamento em causas sociais e políticas com o objetivo de promover mudanças e defender interesses específicos.

Sonia Guajajara é uma ativista reconhecida internacionalmente. Desde sua nomeação, ela tem atuado pela demarcação de terras indígenas e combatido o desmatamento que impacta essas comunidades, conforme declarado pela Uerj.

A ministra possui graduação em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão e pós-graduação em Educação Especial.

Em 2024, recebeu o Prêmio Campeões da Terra 2024, a maior distinção do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), na categoria Liderança Política.

Em 2022, foi reconhecida entre as 100 pessoas mais influentes do ano pela revista Time. Também desempenhou papel em diversas organizações indígenas, incluindo a Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), e atuou como coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

Em 2018, Sonia concorreu à vice-presidência do Brasil na chapa com Guilherme Boulos (PSOL) e, em 2022, foi eleita deputada federal (PSOL) pelo estado de São Paulo. Atualmente, ela está à frente do Ministério dos Povos Indígenas.

Fonte: Carta Capital

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