SRAG: quais vírus podem causar o quadro que levou à emergência?
O Governo de Minas Gerais e a prefeitura de Florianópolis, em Santa Catarina, declararam estado de emergência em saúde pública em razão do incremento nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

O Governo de Minas Gerais e a prefeitura de Florianópolis, em Santa Catarina, declararam estado de emergência em saúde pública em razão do incremento nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na sexta-feira (2).
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A SRAG é uma condição que engloba casos de síndrome gripal que provocam comprometimento da função respiratória. Conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) de Santa Catarina, as causas podem ser diversos vírus respiratórios, como influenza (causador da gripe), Covid-19, rinovírus (causador do resfriado) e vírus sincicial respiratório (VSR, causador da bronquiolite), entre outros.
Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Boletim InfoGripe e do Programa do Processamento Científico da Fiocruz, os cientistas têm observado, na última semana, em diversos estados, a tendência de aumento das hospitalizações por SRAG associadas ao vírus influenza.
Adicionalmente, a pesquisadora aponta que o cenário nacional também se relaciona com casos de VSR em diversos estados e com o surgimento do crescimento de casos de SRAG por influenza A.
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O rinovírus também tem contribuído para o aumento de SRAG entre crianças e adolescentes de dois a 14 anos, embora já haja sinais de desaceleração desse crescimento. Já as hospitalizações por influenza A, que atingem principalmente a população de jovens, adultos e idosos, têm crescido em muitos estados do país, atingindo níveis de incidência moderada a alta nos idosos no Amazonas, Mato Grosso do Sul e Pará.
De acordo com a fundação, no ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 45.228 casos de SRAG, sendo 19.420 (42,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 18.640 (41,2%) negativos; e pelo menos 4.262 (9,4%) estão aguardando resultado laboratorial.
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No período analisado, identificou-se 11,2% de casos de influenza A, 1,6% de influenza B, 38,4% de VSR, 27,9% de rinovírus e 20,7% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
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Pacientes com SRAG podem apresentar febre (temperatura corporal igual ou superior a 37,8 °C), dificuldade ou desconforto respiratório, redução da oxigenação sanguínea, sensação de peso no peito ou rosto e lábios arroxeados, conforme informações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Crianças também podem ter falta de ar, desidratação e diminuição do apetite.
O tratamento pode incluir a administração de oxigênio e fisioterapia respiratória, conforme informado pelo Hospital Albert Einstein. Embora frequentemente eficaz para a maioria dos pacientes, em alguns casos é necessária a intubação.
A prevenção da SRAG é realizada com a vacinação contra os agentes infecciosos.
Com informações de Gabriela Piva
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Fonte: CNN Brasil