Starmer e Trump se encontram na Escócia para abordar um acordo de tarifas

O primeiro-ministro do Reino Unido também conversará com o republicano sobre “o que mais pode ser feito” para acelerar a chegada de assistência humanitá…

3 min de leitura

TURNBERRY (United Kingdom), 28/07/2025.- British Prime Minister Keir Starmer (L) and US President Donald J. Trump (R) pose for pictures ahead of the leader's meeting at the Trump Turnberry golf resort in Turnberry, Scotland, Britain, 28 July 2025. President Trump is on a private trip to Scotland to visit his golf courses. (Reino Unido) EFE/EPA/TOLGA AKMEN / POOL

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, viajará nesta segunda-feira (28) para o campo de golfe do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Escócia, para solicitar ações diante da crise humanitária na Faixa de Gaza e buscar uma redução das tarifas para o Reino Unido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entre duas partidas de golfe, o magnata republicano de 79 anos receberá o premiar em Turnberry (sudoeste da Escócia), no luxuoso complexo de propriedade da família de Trump onde está hospedado em sua visita, desta vez privada e diplomática. Na véspera, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também foi ao local para negociar um acordo comercial no qual a União Europeia está sujeita a tarifas de 15% sobre suas exportações para os Estados Unidos.

Na segunda-feira, os líderes britânico e americano deveriam abordar a situação em Gaza, onde a população enfrenta “sofrimentos indescritíveis e fome”, segundo Downing Street. Starmer quer impulsionar a retomada das negociações sobre um cessar-fogo no território palestino, sitiado por Israel desde o início da guerra contra o Hamas em 7 de outubro de 2023.

LEIA TAMBÉM!

Starmer também conversará com Trump sobre “o que mais pode ser feito” para acelerar a entrada de ajuda humanitária e libertar os reféns mantidos pelo Hamas, segundo seu gabinete. Na semana passada, terminou sem sucesso uma nova rodada de negociações no Catar, com a retirada das delegações israelense e americana. O presidente dos EUA acusou o Hamas de não querer um acordo, o que este último negou.

Israel acusa o grupo terrorista de obstruir a distribuição de alimentos aos palestinos. O governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está sob pressão internacional devido à situação humanitária em Gaza.

No sábado, Londres anunciou que deseja enviar ajuda a Gaza e retirar “crianças que necessitam de assistência médica”. “Os Estados Unidos aumentam sua ajuda para Gaza”, declarou Trump no domingo, solicitando que “outros países participem”, porque é “um problema internacional”. Ele também acusou o Hamas de “roubar a comida” enviada ao território. Israel anunciou no domingo uma pausa nos combates em algumas áreas de Gaza, e os primeiros lançamentos de alimentos por via aérea foram realizados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aço e alumínio

Starmer também está sob pressão para reconhecer um Estado palestino, após o presidente francês Emmanuel Macron anunciar a intenção da França de fazer o mesmo durante a próxima Assembleia Geral da ONU em setembro. Mais de 220 deputados britânicos, incluindo dezenas da sua maioria trabalhista, pediram a ele esta semana que desse este passo.

Na segunda-feira, o ministro britânico de Comércio, Jonathan Reynolds, destacou à emissora ITV que o reconhecimento de um Estado palestino estava no programa de campanha dos trabalhadores e que “a questão não é se, mas quando” isso acontecerá.

Starmer também espera alcançar alguns avanços nas relações comerciais com o presidente americano. Ao chegar na sexta-feira na Escócia, terra natal de sua mãe, Trump afirmou que seria um momento de “celebração” com Starmer após o acordo comercial de maio, que prevê tarifas reduzidas para os produtos britânicos. “É um bom acordo”, disse o republicano no domingo, garantindo que o premiê está “fazendo um bom trabalho”.

Londres já possui um tratamento mais favorável em relação a outros parceiros internacionais de Washington, com tarifas limitadas ao mínimo de 10%, inclusive para o setor automotivo. Contudo, o governo britânico prossegue nas negociações para obter isenções para o aço e o alumínio. Atualmente, esses produtos estão sujeitos a uma taxa de 25%, metade da taxação de 50% aplicada ao restante do mundo. Em contrapartida por essas reduções tarifárias, o Reino Unido se comprometeu a ampliar ainda mais seu mercado para o etanol ou carne bovina dos Estados Unidos, o que suscita preocupação na indústria química e entre os agricultores britânicos.

Com informações da AFP

Fonte por: Jovem Pan

Sair da versão mobile