Stellantis aponta ameaça de falência de fabricantes de automóveis da Europa e América do Norte na China
O diretor de operações da empresa, Maxime Picat, não acredita que as marcas tenham chances de competir com as fabricantes chinesas.

O diretor de operações da Stellantis para Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África, Maxime Picat, declarou na quarta-feira (15.mai.2025) não ser “otimista” em relação ao futuro das montadoras ocidentais na China. “Sou um cara bastante otimista, mas não neste caso”, afirmou durante a cúpula Future of the Car Summit, da FT (Financial Times).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As empresas nacionais obtiveram uma presença notável no mercado chinês, anteriormente dominada por montadoras estrangeiras, nos setores de carros elétricos e veículos maiores. Contudo, marcas como Toyota e Volkswagen continuam vendendo volumes significativos de automóveis do segmento C, que utilizam motores a combustão interna e possuem porte médio.
O diretor declarou-se “chocado” com a agressiva postura das fabricantes chinesas. Na sua análise, a expansão dessas marcas locais se manifesta em todas as categorias de veículos, relegando as empresas ocidentais unicamente ao “segmento C de motores a combustão interna”. “E isso não vai durar”, complementou.
LEIA TAMBÉM:
● A GOL registrou queda de 63,7% no lucro, que atingirá R$ 1,37 bi no primeiro trimestre de 2025
● Governo estima que a perda financeira do Instituto Nacional do Seguro Social aumentará quatro vezes em um período de setenta e cinco anos
● Paulo Guedes é aplaudido de pé em evento em Nova York
“Observa-se, nos últimos anos, uma tendência [de declínio na participação de mercado] que tem sido muito difícil para as [montadoras] ocidentais manterem sua posição na China”, afirmou.
A Stellantis tem gradualmente se afastado da China, seguindo o exemplo de outras montadoras ocidentais. Após a diminuição dessas operações, a multinacional obteve uma participação de 20% na Leapmotor por 1,5 bilhão de euros e, atualmente, auxilia a startup chinesa no aumento das vendas na China e na Europa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A Volkswagen, por exemplo, aumentou seus esforços no mercado chinês. Com a estratégia “para a China”, a Volkswagen e a Toyota buscam recuperar consumidores que migraram para carros elétricos. Em 2024, a montadora alemã anunciou um investimento de 2,5 bilhões na China.
Fonte: Poder 360