Stellantis inicia operação em complexo de exportação de picapes na Argentina

A produção está em linha com o programa de investimento no país.

13/05/2025 18h51

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(Imagem de reprodução da internet).

A Stellantis inaugurou, na terça-feira (13), seu futuro polo exportador de veículos em Córdoba, Argentina, onde começou a produzir a picape de grande porte Fiat Titano, em linha com o programa de investimento de R$2 bilhões no país até 2030.

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A empresa declarou que a construção da Titano, a maior picape da Fiat lançada no Brasil no ano passado com produção no Uruguai, integra um “projeto abrangente que inclui a fabricação de uma nova linha de veículos na Argentina”.

A produção do Titano na fábrica da Fiat em Córdoba marca o fim da produção do modelo no Uruguai, declarou a empresa. Trata-se da primeira picareta da marca fabricada na Argentina. A intenção do grupo é transformar Córdoba em um “hub regional de picapes” da Stellantis, afirmou a empresa.

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Ao comentar a estratégia, o presidente da Stellantis para a América do Sul, Emanuele Cappellano, declarou que a produção argentina da picape pode auxiliar a empresa a “expandir nossa participação em um mercado que é muito promissor e em um segmento que é muito promissor”.

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A Fiat, principal marca da Stellantis na América do Sul, não atuava no segmento de picapes grandes, um mercado disputado há anos por concorrentes como Volkswagen, Toyota, Ford e pela chinesa GWM.

Contudo, a Titano recebeu uma recepção tímida no mercado, considerando os problemas, como atrasos em importações do Uruguai.

Cappellano declarou que a Titano passará por “alterações significativas, incluindo motor, suspensão, parte elétrica e eletrônica”.

Será muito diferente da Titano atual, afirmou o executivo. É uma melhoria significativamente superior ao modelo atual.

Entre janeiro e abril, as vendas do Titano no Brasil totalizaram 3.159 unidades, situando-se na 13ª posição entre os veículos comerciais leves mais vendidos no país, conforme informações da Fenabrave.

O volume apresentava-se significativamente distante da Hilux, da Toyota, que ocupou a quarta posição com 14.150 unidades emplacadas, ou da Toro, terceiro veículo mais vendido na categoria no período, com 14.150 unidades licenciadas.

De janeiro a abril, a Stellantis registrou uma participação de 23,6% no mercado sul-americano, com 30,4% no Brasil e 33,1% na Argentina, onde a empresa, além da fábrica da Fiat em Córdoba, possui outra unidade produtiva em Palomar, responsável pela fabricação de modelos da Peugeot e Citroën.

“Na Argentina, o custo pode ser um desafio devido à inflação, mas sabemos que esse tipo de investimento precisa de longo prazo”, afirmou Cappellano. “Nossa presença na Argentina é muito forte e não podemos desconsiderá-la. É uma escolha estrategicamente relevante.”

Cappellano declarou que “para a América do Sul, não estamos observando impactos diretos de curto prazo… Por enquanto não estamos tendo impactos diretos”.

O governo declarou que as taxas de juros no Brasil representam uma preocupação, mesmo com o aumento do setor automotivo nacional em 2023 e 2024. De acordo com Cappellano, “as altas taxas de juros desestimulam as vendas. Há pressão sobre o mercado”.

O governo declarou que o Brasil poderia “com tranquilidade” alcançar vendas de veículos novos de 5 milhões de unidades anualmente, porém essa capacidade é restrita pelo baixo poder de compra da população e pelas altas taxas de juros.

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Fonte: CNN Brasil

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