Stephen Colbert critica Trump após anúncio do encerramento de ‘The Late Show’

“Terminou a diplomacia”, declarou o humorista na atração.

22/07/2025 19h04

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(Imagem de reprodução da internet).

Stephen Colbert anunciou guerra a Donald Trump no primeiro episódio do seu Late Show após o anúncio do fim do programa, que representou o encerramento de uma fase da televisão americana: “Acabou a diplomacia. Vá se foder!”.

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A CBS informou na semana passada que, em maio de 2026, será encerrada esta franquia histórica que teve início em 1993, com o apresentador David Letterman.

A decisão visa um apoio de Trump à Paramount, companhia que detém o controle da emissora e está relacionada a um processo de fusão bilionário que necessita da aprovação da Comissão Federal de Comunicações, sob a responsabilidade do presidente republicano.

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O anúncio do fim do The Late Show with Stephen Colbert ocorreu três dias após Colbert considerar um “grande suborno” o pagamento de 16 milhões de dólares (89,1 milhões de reais) da CBS a Trump para finalizar sua ação judicial contra a emissora. Ele a acusava de realizar uma “enganação” na edição de uma entrevista com a vice-presidente Kamala Harris, que era sua oponente nas eleições de 2024.

Trump comemorou o desligamento de um de seus críticos mais veementes em sua plataforma Truth Social: “Amo que tenham demitido Colbert”, escreveu.

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Colbert afirmou que, desde que iniciou sua trajetória na comédia de improviso em Chicago na década de 1980, sempre imaginou que um presidente em exercício celebrasse o término de sua carreira.

Também questionou a lógica da CBS, que argumentou que o cancelamento do programa se devia a uma decisão puramente financeira e mencionou uma informação anônima do fim de semana que apontava para a perda de 40 milhões de dólares (222,8 milhões de reais) no ano anterior.

O apresentador zombou do acordo da CBS News com Trump: afirmou que compreendia a perda de 24 milhões de dólares, mas não era responsável pelos outros 16 milhões.

Colbert, em seu discurso que abordava temas atuais com humor e perspicácia, criticou o presidente pela exigência de que o time de futebol americano Washington Commanders recuperasse seu nome anterior, que era visto como ofensivo aos povos nativos americanos.

Propôs-se a nomear a equipe de “Washington Epsteins”, em referência ao falecido criminoso sexual Jeffrey Epstein, financiador próximo a Trump nas décadas de 1990, cujo legado tem causado desconforto ao republicano nos últimos dias após ele se retratar da publicação de documentos potencialmente comprometedores.

Colbert recordou que a emissora encerrou seu programa, embora não o tenha feito a ele, aprofundando-se sobre a relação entre Trump e Epstein.

O comediante transformou-se em um crítico veemente de Trump, abordando desde suas políticas até sua fascinação pelo vilão da literatura e do cinema, Hannibal Lecter.

Cumprir com prioridade.

Em frente ao teatro Ed Sullivan, no centro de Manhattan, onde o programa é gravado, um grupo de manifestantes se reuniu com cartazes que diziam “Colbert fica! Trump deve sair!”.

Elizabeth Kott, professora do ensino médio de 48 anos que assistia ao Late Show, declarou que a demissão de Colbert é “terrível”.

“É realmente terrível que tenha chegado a isso neste país, onde as empresas sentem a necessidade de obedecer com antecedência”, declarou a AFP.

A atriz Sandra Oh, destaque da segunda-feira, manifestou uma crítica à CBS e à Paramount após elogiar o trabalho de Colbert por sua postura em confrontar figuras de grande poder, mantendo o humor.

O ator Dave Franco também não poupou elogios à trajetória do humorista nas produções do The Daily Show, The Colbert Report e atualmente no The Late Show.

Após a gravação do programa de segunda, ele dispensou a sessão de perguntas e respostas, mas informou ao público do estúdio que “estava nervoso quando chegou”. “Sentirei falta de vocês”, despediu-se.

Fonte por: Carta Capital

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