Stephen Hawking desempenhou um papel crucial na transformação da nossa compreensão sobre buracos negros. Ele desafiou a ideia de que esses objetos são eternos, propondo que a informação não se perde completamente durante o processo de evaporação, um dos maiores desafios da física teórica.

Sua última teoria, publicada em dezembro de 2018, nove meses após sua morte, foi fruto de uma colaboração com Malcolm Perry, Sasha Haco e Andrew Strominger.

Estruturas “Cabelos Macios“

O grupo de pesquisa argumentou que buracos negros podem reter informações através de estruturas chamadas “cabelos macios”, que permaneceriam mesmo após o desaparecimento do buraco. Essa abordagem expandiu a definição de buracos negros, reconhecendo que cada um possui características únicas, registradas nessas estruturas sutis ao redor do horizonte de eventos.

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Resolvendo o Paradoxo da Informação

A teoria busca resolver um dilema central da física: como conciliar a lei da conservação da informação, que afirma que a informação não pode ser destruída, com a aparente eliminação de tudo que entra em um buraco negro. Essa questão se tornou conhecida como o paradoxo da informação em buracos negros.

Radiação de Hawking e Evaporação

Nos anos 1970, o físico Stephen Hawking identificou um fenômeno chamado radiação de Hawking. Esse processo ocorre devido à natureza do vácuo ao redor do buraco negro, que é repleto de flutuações quânticas. Quando duas partículas virtuais surgem próximas ao buraco negro, uma pode ser capturada enquanto a outra escapa, levando a uma perda gradual de energia e massa, fazendo com que o buraco negro evapore ao longo de bilhões de anos.

Legado e Contribuições

Stephen Hawking faleceu em 2018, aos 76 anos, mas seu legado continua a influenciar o debate científico. Ao tentar unificar a teoria da relatividade geral de Einstein com a mecânica quântica, a teoria dos “cabelos macios” representa uma das propostas mais influentes para resolver o paradoxo da informação em buracos negros, embora ainda não seja uma resposta definitiva.