STF conclui oitiva de testemunhas do terceiro núcleo; réus depuseram na segunda-feira

O grupo compreendia acusados que tramavam sequestro e assassinato de funcionários públicos.

23/07/2025 15h35

3 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

Os dez réus do núcleo 3 da trama investigada pelo Supremo Tribunal Federal deverão ser ouvidos na próxima segunda-feira, 28. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, conduzirá os depoimentos. Esse grupo é composto por réus que teriam realizado ações táticas, incluindo o monitoramento de alvos do complô e planos de sequestro e execução de autoridades.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os depoimentos de todas as testemunhas dos quatro núcleos da trama golpista foram encerrados na quarta-feira, com a oitiva dos últimos nomes listados pelas defesas do núcleo 3. Com esses últimos depoimentos, foram ouvidas todas as testemunhas que se dispuseram a comparecer para responder a perguntas relacionadas à tentativa de golpe de Estado, seja por indicação da acusação ou das defesas dos 31 réus que compõem os quatro núcleos do processo.

A audiência de instrução e defesa dos seis réus do núcleo 2 foi agendada para quinta-feira, 24, ocasião em que eles serão interrogados sob a acusação de coordenar ações estratégicas para o sucesso do golpe, incluindo a elaboração de um projeto de decreto golpista e o uso ilegítimo da estrutura da Polícia Rodoviária Federal.

LEIA TAMBÉM:

Os sete réus do núcleo 4 serão ouvidos no mesmo dia, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República, que os acusa de disseminar notícias falsas e desinformação com o propósito de gerar desconfiança nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral, fomentando um cenário social favorável ao golpe.

As audiências de interrogatório serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça, assim como ocorreram com os depoimentos dos réus do núcleo 1 da trama golpista. Em ações penais, tal procedimento costuma ser público e aberto, mas o caso da trama golpista é o primeiro em que também são veiculados ao vivo pelos canais oficiais do Supremo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O processo se distingue do utilizado nas audiências de testemunhas. Nesse caso, por determinação de Moraes, os depoimentos não foram transmitidos, podendo ser observados apenas por jornalistas presentes em sala, em Brasília. Após o término de todos os depoimentos, as gravações das declarações das testemunhas dos núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista deverão ser anexadas aos autos de cada ação penal.

O desdobramento da trama golpista ocorreu em quatro ações penais, seguindo o corte do caso realizado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, com autorização da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. O ato foi justificado como uma maneira de otimizar e acelerar o andamento do processo, embora tenha sido contestado pelas defesas.

Abaixo estão identificados os réus nos núcleos 2, 3 e 4.

Núcleo 2

Filipe Martins (ex-assessor de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro).

Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro); Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal).

Mário Fernandes (general do Exército);

Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do Distrito Federal).

Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário adjunto de Segurança do Distrito Federal).

Núcleo 3

Bernardo Romão Correa Netto (coronel do Exército).

Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel).

Estevam Theophilo (general).

Fabrício Moreira de Bastos (coronel);

Hélicer Ferreira (tenente-coronel);

Marcos Nunes de Resende Júnior (coronel);

Nilton Diniz Rodrigues (general).

Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel.

Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel).

Tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior.

Tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros.

Wladimir Matos Soares (policial federal).

Núcleo 4

Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército).

Ângelo Martins Denicoli (major da reserva)

Subtenente Giancarlo Gomes Rodrigues

Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel.

Reginaldo Vieira de Abreu (coronel).

Marcelo Araújo Bormevet (policial federal).

Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).

Fonte por: Carta Capital

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.