STF julga procedente o pedido de arquivamento do habeas corpus apresentado por Augusto Melo

O ministro Flávio Dino suspende executivo do Corinthians como acusado em operação que apura esquema de contrato com a VaideBet.

07/08/2025 14h02

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(Imagem de reprodução da internet).

O ministro Flávio Dino, do STF, recusou na quarta-feira (6.ago.2025) o pedido de habeas corpus da defesa de Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, mantendo-o como réu por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto. O processo investiga irregularidades no contrato de patrocínio com a VaideBet.

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A acusação sustentou que a denúncia da Promotoria de Justiça se fundamentava em evidências ilícitas, incluindo relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) elaborados sem a devida autorização judicial. Dino declarou que não vislumbrava ilegalidade premente e que o caso ainda será avaliado por órgãos superiores.

Melo teve sua exoneração no final de maio, e os membros do clube decidirão neste sábado (9.ago) se ele será afastado. A acusação também abrange os ex-diretores Marcelo Mariano e Sérgio Moura, além do empresário Alex Cassundé, proprietário da empresa intermediária do contrato com a VaideBet, que teria recebido R$ 1,4 milhão.

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As investigações indicam que o dinheiro transitou por empresas de fachada até chegar à UJ Football, ligada a Ulisses Jorge, mencionado por um empresário assassinado com supostos vínculos ao PCC. A promotoria afirma que mais de R$ 1 milhão passou por empresas “fantasmas” para lavar recursos desviados.

A acusação solicita a apreensão dos ativos dos implicados e uma compensação de 40 milhões de reais ao Corinthians. O acordo com a VaideBet, com valor de 370 milhões de reais, foi rescindido pela empresa em junho de 2024, com fundamento em cláusula anticorrupção.

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Segue a íntegra da nota de Augusto Melo enviada ao Poder360:

O presidente do Corinthians, Augusto Melo, declara que todas as acusações contra ele são falsas. Ele é vítima de um processo ilegal e repleto de nulidades e abusos, incluindo o acesso a dados do Coaf sem autorização judicial e a participação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo em um caso de competência da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, uma vez que envolve um contrato internacional. A não concessão do habeas corpus indica que a Justiça continuará analisando o caso, que ainda não teve desfecho.

O presidente Augusto Melo não deve nada e não teme nada, por isso já solicitou o fim do sigilo que impede o acesso da torcida do Corinthians à íntegra dos documentos da ação. A defesa também solicitou que as autoridades competentes, a PF e o MPF, investiguem o caso.

O presidente Augusto Melo mantém a confiança de que a verdade prevalecerá e reforça seu compromisso com a retomada da organização financeira do clube, que enfrentou um grande retrocesso após sua destituição por parte de seus opositores políticos, que atualmente lideram uma gestão marcada pelo não pagamento de obrigações e pela desvalorização do clube em âmbito interno e externo.

Fonte por: Poder 360

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