Ministros do STF Reagem a Críticas sobre Responsabilização de Plataformas Digitais
Em um julgamento que culminou com a condenação de nove réus ligados ao núcleo da trama golpista, os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responderam a declarações do ministro André Mendonça, que acusou a Corte de praticar “ativismo judicial” no caso do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A controvérsia surgiu em um evento do grupo empresarial Lide, em São Paulo, onde Mendonça argumentou que o Supremo havia criado restrições sem base legal, ao aumentar a responsabilização de plataformas digitais por conteúdos gerados por terceiros.
A decisão, tomada por 8 votos a 3, visava proteger direitos fundamentais na internet.
LEIA TAMBÉM!
O ministro Flávio Dino rebateu a acusação, considerando o termo “ativismo judicial” como uma ferramenta para descreditar o tribunal. Ele enfatizou que a aplicação das leis é o foco do trabalho do STF, rejeitando a utilização da expressão como forma de justificar críticas infundadas.
Alexandre de Moraes também se manifestou, argumentando que o debate sobre o tema é permeado por interesses econômicos e ideológicos. Segundo ele, a alegação de “ativismo judicial” é uma manobra para criar um problema inexistente.
A decisão que gerou a discussão foi definida em outubro passado. A maioria dos ministros considerou que o modelo vigente desde 2014 não era suficiente para proteger os direitos fundamentais na internet, defendendo que as plataformas digitais devem ter um papel mais ativo na prevenção de abusos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
