Stone aponta crescimento de 0,6% nas vendas do varejo em abril
Sete dos oito setores avaliados registraram desempenho positivo, com o comércio digital se destacando, impulsionado por um crescimento de 5,3%.

O comércio brasileiro apresentou crescimento de 0,6% nas vendas em abril de 2025, em relação a março. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (13.mai.2025) pelo IVS (Índice do Varejo Stone). Na comparação com abril de 2024, o aumento foi de 0,4%.
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A análise revela que sete dos oito setores avaliados apresentaram desempenho positivo no mês. O comércio eletrônico registrou um aumento de 5,3%, enquanto o setor físico cresceu 0,3%.
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Em nível regional, 19 estados apresentaram crescimento na comparação anual. O Acre lidera com 12,1%, seguido por Amapá (9,4%) e Sergipe (8,6%). Entre os estados com desempenho negativo, o Distrito Federal registrou a maior queda, de 4,7%.
O setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria apresentou o maior crescimento mensal, com 7%. Material de Construção registrou um crescimento de 2,1%. Tecidos, Vestuário e Calçados e Móveis e Eletrodomésticos também tiveram alta de 1,3%.
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Artigos Farmacêuticos (0,8%), Combustíveis e Lubrificantes (0,6%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,2%) também registraram desempenho positivo. O setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo foi o único com queda, de 2,2%.
Na comparação anual, Combustíveis e Lubrificantes apresentaram o melhor desempenho, com alta de 5,8%. Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo registraram crescimento de 4%. Tecidos, Vestuário e Calçados avançaram 3,3%.
Mobiliário e eletrodomésticos apresentaram queda de 3,2%, artigos farmacêuticos de 3%, material de construção de 2,6% e outros artigos de uso pessoal e doméstico de 1,5%. O setor de livros, jornais, revistas e papelaria manteve-se estável.
No comparativo anual, o comércio eletrônico registrou queda de 4,8%, enquanto o comércio tradicional apresentou aumento de 1,3%.
Entre os estados com crescimento anual expressivo, destacam-se Rio Grande do Sul (5,7%), Pará (5,5%), Espírito Santo e Bahia (4,3%), Pernambuco (3,7%), Paraná (3,4%), Goiás (3,2%), Santa Catarina (2,6%), São Paulo (2,5%), Paraíba (2,2%), Tocantins e Ceará (1,9%), Mato Grosso (1,8%), Maranhão (0,6%) e Piauí (0,5%).
Além do Distrito Federal, outros estados apresentaram resultados negativos: Mato Grosso do Sul (-4,4%), Rondônia (-3,3%), Rio de Janeiro (-2,7%), Amazonas (-2,1%), Rio Grande do Norte (-1,3%), Alagoas (-0,6%) e Minas Gerais (-0,2%).
Em abril, persistiram os sinais de fragilidade do mercado de trabalho, com o aumento da taxa de desemprego e a redução na criação de empregos formais. As famílias continuaram sob pressão devido ao elevado nível de endividamento e à inflação ainda elevada. Apesar de alguns indicadores demonstrarem certa estabilidade, o cenário geral indica uma desaceleração da atividade econômica. é cedo para prever uma mudança nessa tendência – será necessário analisar os próximos meses para verificar se há, de fato, uma alteração no ritmo da economia, afirmou Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone.
Apesar de uma leve melhora em diversos setores em abril, os avanços não foram suficientes para superar as quedas registradas no mês anterior. Por exemplo, o setor de Vestuário avançou 1,3% em abril após ter recuado 3,3% em março, o que indica que o nível de atividade permanece abaixo do patamar médio. Geralmente, o varejo opera em ritmo lento, sem sinais claros de recuperação sustentada, afirmou Matheus Calvelli.
O IVS é um estudo mensal que acompanha o desempenho do varejo nacional, com base em dados coletados das operações por meio de cartões, vouchers e Pix, dentro do grupo StoneCo. A análise abrange diversos segmentos do varejo e oferece um panorama regional do desempenho comercial no país.
Fonte: Poder 360