Suprema Corte determina utilização de gravação em que Gonet afirma ter cometido erro
Diferentemente do que ocorreu na transmissão inicial, o áudio da fala do procurador-geral da República não pôde ser ouvido. Leia no Poder360.

O Supremo Tribunal Federal registrou a gravação de uma fala do procurador-geral da República, Paulo Gonet, proferida em 23 de maio, no curso do depoimento das testemunhas do núcleo 1 da tentativa de golpe de Estado em 2022.
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Ele deixou o microfone aberto e declarou ter “feito um erro” em relação à pergunta direcionada ao ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, que depôs como uma das testemunhas de defesa do almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier.
No vídeo do depoimento de Aldo Rebelo, divulgado pela Corte nesta terça-feira (3.jun.2025), a fala de Gonet é abafada por sons que a tornam inaudível e incompreensível.
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Segundo a Folha de S. Paulo, a ordem da edição foi definida pelo ministro Alexandre de Moraes.
Gonet questionou Rebelo se, sem o apoio do Exército, a Marinha conseguiria realizar um golpe por conta própria.
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O procurador-geral questionou: “Sem o Exército, a Marinha poderia comprometer a normalidade institucional, considerando que mencionou que a Marinha não possui a mesma abrangência do Exército?”
O advogado do almirante Almir Garnier, acusado no processo penal que investiga uma tentativa de golpe, questionou o tom da pergunta, que ele entendeu ser tendencioso.
O advogado Demócrito Torres mencionou, por exemplo, que recebeu uma repreensão do ministro do Supremo Alexandre de Moraes antes por ter formulado uma pergunta similar.
Moraes, então, solicitou que o procurador-geral repetisse a pergunta. Sem perceber que o microfone permanecia ativo, Gonet afirmou, com a mão sobre a boca: “Cometi um erro agora”.
Fonte por: Poder 360