O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão do coronel do Exército Marcelo Câmara após a audiência de custódia, que analisou as condições da detenção.
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O advogado Eduardo Kuntz, da Câmara, comunicou à CNN que a defesa técnica entrará com recurso por meio de agravo regimental na próxima segunda-feira (23), afirmando a ilegalidade da prisão e aguardando a sua soltura imediata.
O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva de Câmara. Ele foi preso por agentes da Polícia Federal em sua residência e encaminhado à sede da PF para os procedimentos legais. O militar se encontra detido no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília.
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Moraes também autorizou a instauração de inquérito contra Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz. A Polícia Federal conduzirá uma investigação sobre o caso. Segundo Moraes, os dois tentaram obter dados sigilosos do acordo de delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – o mesmo motivo que levou à prisão preventiva do general Walter Braga Netto, ex-ministro da gestão passada.
O advogado informou ao Supremo que conversou com Cid por meio de um perfil que seria da esposa do delator, que estava impedida de utilizar as redes sociais. As conversas foram divulgadas pela revista Veja. Moraes afirma que, de acordo com as informações fornecidas pela própria defesa de Câmara, houve descumprimento das medidas cautelares impostas quando o réu foi colocado em liberdade provisória – o que revela “completo desprezo” pelo STF. Isso porque o coronel estava proibido de manter contato com os demais investigados, mas acabou fazendo isso por meio do seu advogado.
A intenção de Kuntz seria identificar os termos do acordo de colaboração para favorecer seu cliente no futuro. O ministro determinou que Câmara, Kuntz e Cid sejam ouvidos pela Polícia Federal em até 15 dias.
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Em comunicado enviado à CNN, o advogado de Kuntz, Renato Marques Martins, declarou que a decisão de Moraes é “abusiva” e que Kuntz, ao ser procurado por Cid, teria apenas “exercido seu dever de verificar se a delação foi ou não espontânea”.
Fonte por: CNN Brasil