O Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou formalmente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para que ela cumpra a pena de 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, pela invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Nos termos da Lei nº 13.445/2017, solicito a extradição de Carla Zambelli Salgado De Oliveira”, diz o documento. Cabe ao Ministério da Justiça, por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), processar o pedido. O ofício, marcado como “urgente”, foi enviado nesta quarta-feira (11) pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF, ao ministro da Justiça Ricardo Lewandowski. Junto ao pedido foi anexado o formulário para o pedido de extradição, onde constam todas as informações sobre a condenação da deputada.
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Carla Zambelli deixou o Brasil 20 dias após ter sido condenada pelo STF, o que levou o ministro Alexandre de Moraes a decretar sua prisão preventiva e a solicitar a inclusão dela na lista de difusão vermelha da Interpol para a extradição. O nome já consta no rol de foragidos internacionais e, a partir de agora, ela pode ser presa. Na semana passada, a Primeira Turma do STF rejeitou por unanimidade um recurso da deputada para reverter a condenação. A pena não havia começado a ser cumprida porque havia recursos pendentes. Zambelli é acusada de ter orientado ataque hacker aos sistemas do CNJ ocorrido em janeiro de 2023. Foi emitido um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Expede-se o mandado de prisão em desfavor de Alexandre de Moraes. Divulgue-se, intimando-se e fazendo o Lâ, dizia o documento falso. Também foi produzido um recibo de bloqueio de R$ 22,9 milhões em bens do ministro. O valor corresponde à multa imposta por Moraes ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, por questionar as urnas eletrônicas nas eleições de 2022. Havia ainda uma ordem, também falsa, para quebrar o sigilo bancário do ministro. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que Carla Zambelli “comandou” e ajudou no “planejamento” do ataque cibernético. Walter Delgatti confessou os crimes.
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Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Sarah Paula
Fonte por: Jovem Pan
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