Programa revitaliza 280 mil hectares de áreas degradadas no Cerrado brasileiro.
Os irmãos Igor e Ivan Biancon, produtores rurais em Sinop (MT), conseguiram revitalizar áreas antes improdutivas. Anteriormente, parte da fazenda havia sido degradada devido ao sobrepastoreio. Atualmente, caminhões transportam algodão, enquanto a soja recém-plantada brota em terras recuperadas.
A transformação teve início quando os produtores buscaram crédito para expandir a produção de soja e milho. Em vez de desmatar novas áreas, foram apresentados ao projeto REVERTE, desenvolvido pela Syngenta, em parceria com a The Nature Conservancy (TNC).
O programa visa recuperar terras degradadas, oferecendo assistência técnica e acesso a financiamento rural sustentável.
Lançado em 2019, o REVERTE atua no Cerrado brasileiro, uma região impactada pelo desmatamento ilegal e pela pressão por novas áreas agrícolas. O objetivo é aumentar a produtividade sem desmatar, promovendo práticas de manejo sustentável.
Os produtores que participam do projeto podem acessar linhas de crédito do Itaú BBA, desde que atendam a critérios sociais e ambientais. Gabriel Mora, coordenador de sustentabilidade da Syngenta, destaca que cada fazenda recebe um plano de recuperação adaptado às condições do solo.
No caso dos Biancon, a revitalização combinou o uso de matéria orgânica e fertilizantes químicos. Antes de 2020, a fazenda tinha 14 mil hectares cultiváveis; hoje, alcança 45 mil hectares produtivos, com soja, feijão e algodão, além de 7 mil cabeças de gado.
Para incentivar a adesão ao programa, a Syngenta disponibiliza ferramentas digitais de monitoramento e crédito com prazos de até dez anos. A fazenda JNC, localizada a cerca de 300 quilômetros de Sinop, é a maior participante do REVERTE, com 90 mil hectares cultivados com soja, algodão e milho.
A propriedade utiliza sistemas digitais para controle em tempo real das operações. A densidade e profundidade do plantio são programadas nas semeadoras, e as equipes monitoram o processo por sensores e painéis na sede, recebendo alertas sobre clima, incêndios e produtividade.
As áreas da JNC adotam um modelo de rotação entre pastagem e cultivo, alternando soja e capim para o gado, evitando o sobrepastoreio e mantendo o solo fértil. O acesso ao programa requer o cumprimento do Código Florestal Brasileiro, garantindo a preservação da vegetação nativa.
Elson Stives, diretor técnico da JNC, apresentou um projeto de reflorestamento local, que recupera áreas próximas às 46 nascentes da fazenda com espécies nativas do Cerrado e da Amazônia. Essa ação é fundamental para manter o abastecimento de água e a irrigação agrícola.
Petra Laux, diretora de sustentabilidade da Syngenta, afirma que o REVERTE demonstra a viabilidade de produzir mais alimentos enquanto se protege o meio ambiente. Atualmente, o programa conta com 394 fazendas e já restaurou quase 280 mil hectares.
Saswato Das, diretor de comunicação da Syngenta, ressalta que o futuro da agricultura depende do equilíbrio entre produção e conservação, visando construir uma cadeia mais eficiente e sustentável.
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