Tag nomes e contextos relevantes - ZéNewsAi Notícias do Brasil e do Mundo 24h Thu, 08 May 2025 22:03:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://zenewsai.com.br/wp-content/uploads/2023/12/cropped-icon-512x512-1-32x32.png Tag nomes e contextos relevantes - ZéNewsAi 32 32 Educação/Fracasso civilizatório https://zenewsai.com.br/educacao-fracasso-civilizatorio/ Thu, 08 May 2025 22:03:45 +0000 https://zenewsai.com.br/educacao-fracasso-civilizatorio/ O analfabetismo funcional persiste como um problema sério.

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Desde 2018, o Brasil não conseguiu combater de forma eficaz o analfabetismo funcional. Um estudo da Ação Educativa aponta que 29% dos cidadãos entre 15 e 64 anos possuem conhecimentos básicos: leitura de palavras isoladas, frases curtas ou identificação de números, telefones, endereços e preços. Essa é a mesma situação de sete anos atrás. A situação é pior para a população com mais de 50 anos, onde o percentual atinge 51%. Em contraste, 84% dos brasileiros entre 15 e 29 anos são funcionalmente alfabetizados. Essa desigualdade se reflete na distribuição entre brancos (41% com níveis intermediários ou proficientes), pretos e pardos (31%) e amarelos e indígenas (19%). Alarmante é que 12% dos detentores de diplomas universitários são analfabetos funcionais. Roberto Catelli, da Ação Educativa, ressalta a necessidade de “políticas públicas significativas no campo da educação e não só da educação, mas também na redução das desigualdades e nas condições de vida da população”. Ana Lima, coordenadora do estudo, complementa: “É importante assegurar avanços no desenvolvimento contínuo das habilidades de letramento e numeramento dos brasileiros, tanto para aqueles que ainda estão na escola quanto para os que já estão fora dela”.

Por outro lado.

O crescimento da renda per capita e da expectativa de vida impulsionou a posição do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano. A nação avançou de 89º para 84º lugar entre os 193 países avaliados pelo PNUD. No âmbito educacional, o Brasil manteve-se em uma posição estagnada, com avanços mais lentos do que os observados globalmente, o que compromete o objetivo de um IDH universalmente elevado até 2030.

Última hora/ Iluminismo

O papa Robert Francis Prevost opta pelo nome Leão XIV.

O sol ainda não havia se posto às 19h14 em Roma, 14h14 da tarde no Brasil, quando o cardeal francês Dominique Mamberti se dirigiu à sacada do Vaticano para o anúncio secular. “Habemus papam”, pronunciou Mamberti, para o delírio dos fiéis prostrados na Praça de São Pedro. Após dois dias de conclave e cinco votações, o sucessor de Francisco será o norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, nascido em Chicago, mas com atuação pastoral na América Latina, em particular no Peru. A experiência eclesial provavelmente pesou a seu favor na disputa com outro nome favorito nas bolsas de apostas, o italiano Pietro Parolin. Próximo de Jorge Bergoglio, secretário de Estado da Santa Sé, segunda posição na hierarquia da Igreja, faltava a Parolin a experiência em dioceses e no contato direto com os cristãos.

Não espere de Prefeito o mesmo carisma e o mesmo humor de Francisco. Reservado, distante das entrevistas e da exposição pública, o novo papa terá de recorrer a outras habilidades para conter a ala conservadora e manter em curso as reformas do antecessor em direção a uma instituição mais inclusiva, acolhedora e humana. Em declarações recentes, o pontífice externou suas afinidades com os princípios jesuítas que guiaram Bergoglio. O papa afirmou, não deve ser um “príncipe” em seu reinado, ao contrário. “O bispo é chamado automaticamente para ser humilde, para estar perto daqueles que serve, para caminhar com eles, para sofrer com eles e procurar formas de viver melhor a mensagem do Evangelho no meio de sua gente.”

A escolha da alcunha Leão XIV também revela a inclinação de Prevost para um papado iluminista. Leão XIII foi sumo pontífice entre 1878 e 1903, período de agitação mundial. Vincenzo Gioacchino Buzzi abriu a Igreja à modernidade e aos avanços científicos e sistematizou o pensamento social da Cúria, apesar de criticar o comunismo. Saudou o fim da escravidão no Brasil e não poupou o capitalismo. A encíclica Rerum Novarum, publicada em 1891, alertava para a situação precária dos trabalhadores. “A usura voraz” veio agravar ainda mais o mal. Condenada muitas vezes pelo julgamento da Igreja, não tem deixado de ser praticada sob outra forma por homens ávidos de ganância e de insaciável ambição. A tudo isso deve acrescentar-se o monopólio dos trabalhadores (…), que se tornaram um quinhão de um pequeno número de ricos e de opulentos, que assim impõe um jugo quase servil à imensa multidão dos operários.

A nomeação do primeiro papa norte-americano, Leão XIV, representará um antídoto ao republicano e à extrema-direita.

Expulsão do jogo.

O boliviano Miguelito, revelado pelo Santos e emprestado ao América Mineiro, foi detido em flagrante por injúria racial contra Allano, do Operário de Ponta Grossa, em partida válida pela Série B do Campeonato Brasileiro. O árbitro do jogo, Alisson Sidnei Furtado, aplicou o “protocolo antirracista” da CBF após receber o relato da ofensa. No final da partida, Miguelito foi preso e levado à delegacia. O boliviano, que nega o crime, teria chamado o zagueiro adversário de “preto do caralho”. Liberado pela Justiça, o jogador responderá em liberdade.

Sistema de freio a disco.

Em decisão inédita, o Conselho de Ética da Câmara aprovou a suspensão, por três meses, do mandato do deputado Gilvan da Federal, do PL capixaba, em razão de ofensas dirigidas à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública, em abril, o parlamentar chamou Gleisi de “prostituta do caramba” e resgatou o codinome “Amante” atribuído a ela na lista da Odebrecht entregue à Lava Jato, em um processo no qual a ministra foi absolvida por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal. A punição foi aprovada por 15 votos a 4. Como a suspensão é inferior a 120 dias, não haverá convocação de suplente. Durante o período, Gilvan ficará sem salário, sem acesso à cota parlamentar e à verba de gabinete, e todos os seus assessores serão exonerados.

Brasília/ Solução caseira

Cida Gonçalves é substituída por Márcia Lopes no Ministério das Mulheres.

O presidente Lula abandonou uma reforma ministerial adequada ao seu nome? As recentes mudanças na Esplanada dos Ministérios decorreram de circunstâncias externas e da vontade do petista. Inicialmente, Juscelino Filho foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por mau uso de emendas parlamentares, deixando o Ministério das Comunicações. Posteriormente, Carlos Lupi renunciou diante do escândalo dos descontos nas aposentadorias. Na segunda-feira 5, antes da viagem à Rússia e China, Lula anunciou a substituição no comando do Ministério das Mulheres. Cida Gonçalves deixou o cargo, sendo substituída por Márcia Lopes, assistente social e ministra do Desenvolvimento Social em 2010. Em um ato de unidade, a ex e a nova titular da pasta participaram da transmissão da posse. “Assumo esta missão com humildade, coragem e o compromisso de toda uma trajetória dedicada à justiça social, à defesa dos direitos humanos e à construção de políticas públicas que transformam vidas, especialmente a vida das mulheres neste País”, escreveu Márcia Lopes em uma rede social.

Terrorismo doméstico

A Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticulou um plano de ataque com explosivos caseiros e garrafas incendiárias durante o show gratuito de Lady Gaga na Praia de Copacabana, no sábado, 3. A operação, denominada “Fake Monster”, resultou na prisão de dois suspeitos: um homem do Rio Grande do Sul, sob acusação de porte ilegal de arma, e um adolescente no Rio de Janeiro, por posse de pornografia infantil. Ambos integravam um grupo extremista que recrutava jovens via internet para cometer atos contra crianças e a comunidade LGBTQIA+. O evento, assistido por mais de 2 milhões de pessoas, transcorreu sem incidentes, e a artista norte-americana foi informada sobre a ameaça após o término do espetáculo.

Golpismo/ Na mesa está faltando ele.

Carlos Bolsonaro merecia estar no núcleo do golpismo da mentira.

Sete indivíduos, integrantes do quarto núcleo da tentativa de golpe, responsáveis, segundo a Procuradoria-Geral da República, por operar a máquina de fake news contra as urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral em 2022, parte do plano golpista comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, foram denunciados como réus pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. O núcleo da mentira era composto pelos majors de pijama Ailton Barros e Angelo Denicoli, pelo engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, contratado pelo PL para lançar suspeitas sobre o sistema eletrônico, pelo subtenente Giancarlo Rodrigues, o tenente-coronel Guilherme Almeida, o coronel Reginaldo Vieira e o agente da PF Marcelo Bormevet. A denúncia contra o grupo foi analisada antes da denúncia contra o grupo três, marcada para daqui a duas semanas. O julgamento faz lembrar o caso de Nelson Gonçalves e Raphael Rabello. Carlos Bolsonaro, vulgo Carluxo, idealizador e mentor do gabinete do ódio, não figura entre os acusados. Por quê?

8 de Janeiro/ A boia inflada

Câmara suspende processo contra Ramagem e abre caminho para salvar Bolsonaro.

O plenário da Câmara aprovou na quarta-feira, 7, um projeto que suspende a ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem, do PL. Relatado pelo colega Alfredo Gaspar, do União Brasil, o texto permite a anulação de todo o processo relacionado à trama golpista de 2022, incluindo outros réus. É a enésima boia inflada para tentar salvar Jair Bolsonaro de uma condenação.

O projeto é inconstitucional e deve ser revogado pelo Supremo Tribunal Federal. Há duas semanas, o ministro Cristiano Zanin encaminhou ofício ao presidente da Câmara, Hugo Motta, informando que a Casa possuía competência para analisar os crimes imputados a Ramagem após sua diplomação como deputado. Isso significaria que ele poderia se eximir das acusações por dano qualificado ao patrimônio e deterioração de bem tombado nos atos de 8 de janeiro de 2023, mas permaneceria respondendo pelos crimes de associação criminosa, golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito praticados quando diretor da Abin. Já a tentativa de ampliar a decisão da Câmara a outros réus da ação penal, incluindo Bolsonaro, é um equívoco.

Os apoiadores de Bolsonaro sabem disso e manipulam a opinião pública. Buscam pressionar o STF para anular uma decisão da Câmara, nutrindo a narrativa de uma suposta perseguição judicial contra o “mito”. O episódio demonstra, contudo, a vulnerabilidade do apoio a Lula: parlamentares de diversos partidos que compõem o governo, como União Brasil e MDB, votaram majoritariamente a favor do projeto.

O extremismo na Romênia

O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, renunciou na segunda-feira, 5, em razão do resultado do candidato pró-Ocidente nas eleições presidenciais. O segundo turno será entre George Simion, de extrema-direita, com 40,93% dos votos válidos, e Nicusor Dan, o centrista que administra Bucareste (20,98%). A eleição, originalmente prevista para dezembro, foi adiada após o conselho de segurança do país denunciar “ataques híbridos russos” durante a campanha.

A Assembleia Legislativa precisa avançar?

Câmara aprova projeto que eleva o número de deputados de 513 para 531.

A Câmara aprovou na terça-feira, 6, um projeto de lei que eleva o número de deputados federais de 513 para 531, além de alterar a distribuição da representação por estado. A proposta recebeu 270 votos favoráveis, 207 votos contrários e uma abstenção. O texto será encaminhado ao Senado.

O número atual de deputados foi definido por uma lei complementar de 1993, que estabelecia que a representação de cada unidade federativa deveria ser proporcional à sua população. A nova alteração responde a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, considerando os dados do Censo Demográfico de 2022, conduzido pelo IBGE.

Se o Congresso não tomar uma decisão até 30 de junho, a palavra final caberá à Justiça Eleitoral. Aprovado, o texto cria 18 novos assentos na Câmara, beneficiando os estados de Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. O impacto anual dessa ampliação é estimado em 64,6 milhões de reais.

Publicado na edição nº 1361 da CartaCapital, em 14 de maio de 2025.

Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “A Semana”.

Fonte: Carta Capital

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