Tag prêmio mundial alimentação - ZéNewsAi Notícias do Brasil e do Mundo 24h Wed, 14 May 2025 01:35:26 +0000 pt-BR hourly 1 https://zenewsai.com.br/wp-content/uploads/2023/12/cropped-icon-512x512-1-32x32.png Tag prêmio mundial alimentação - ZéNewsAi 32 32 Brasil recebe o Prêmio Mundial de Alimentação em 2025 https://zenewsai.com.br/brasil-recebe-o-premio-mundial-de-alimentacao-em-2025/ Wed, 14 May 2025 01:35:13 +0000 https://zenewsai.com.br/brasil-recebe-o-premio-mundial-de-alimentacao-em-2025/ A microbiologista Mariangela Hungria recebeu uma premiação considerada o “Nobel da Agricultura” em virtude de sua pesquisa sobre soluções biológicas que substituem fertilizantes químicos e elevam a produtividade.

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A engenheira agrônoma e microbiologista brasileira Mariangela Hungria recebeu o Prêmio Mundial da Alimentação de 2025, conforme anunciou a fundação americana que organiza a premiação, também chamada de “Nobel da Agricultura”.

Há mais de 40 anos, Hungria pesquisa na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil. Sua pesquisa resultou em novos modelos de tratamento do solo que possibilitam que as plantas obtenham nutrientes através de bactérias, uma alternativa ao uso de fertilizantes químicos.

A Fundação World Food Prize, que concede o prêmio desde 1987, estima que produtos derivados da pesquisa húngara foram utilizados em mais de 40 milhões de hectares de plantações no Brasil, economizando até 40 bilhões de dólares (225 bilhões de reais) anualmente aos agricultores e evitando mais de 180 milhões de toneladas métricas de emissões equivalentes de CO2 por ano.

A organização ressalta que o Brasil elevou sua produção de soja de aproximadamente 15 milhões de toneladas na década de 1980 para mais de 170 milhões de toneladas durante o período em que o senhor Hungria liderou a Embrapa, transformando o país no maior produtor e exportador mundial daquele produto.

A trajetória da Dra. Hungria demonstra sua notável perseverança e visão, qualidades que ela compartilha com o Dr. Norman Borlaug, de Iowa, fundador do Prêmio Mundial da Alimentação e pai da Revolução Verde, afirmou a governadora do estado americano de Iowa, Kim Reynolds, que testemunhou a cerimônia de premiação.

A Dra. Hungria, como pioneira industrial e mãe, também serve como um exemplo inspirador para mulheres pesquisadoras que buscam conciliar ambos os papéis. Suas descobertas e desenvolvimentos levaram o Brasil a se tornar um celeiro global. O prêmio é concedido a indivíduos que realizam feitos excepcionais na promoção da segurança alimentar.

Soluções biológicas como alternativa aos produtos químicos

A Hungria foi uma das primeiras a defender a fixação biológica de nitrogênio, processo no qual as culturas estabelecem uma associação mutuamente benéfica com as bactérias do solo que fornecem o nutriente, conforme apontou a fundação.

No início de sua carreira, a pesquisa sobre microbiologia como solução para a fertilidade do solo era escassa. “Sempre me interessei em viabilizar o uso de materiais biológicos na agricultura comercial”, afirmou Hungria Reuters. Segundo ela, a dependência de fertilizantes químicos para distribuir nitrogênio às plantas tornava o Brasil altamente dependente de produtos importados.

A Hungria isolou cepas de uma bactéria do solo, o rizóbio, e desenvolveu um método para inoculá-las nas sementes de soja utilizadas no Brasil. Essas cepas auxiliaram as plantas de soja na absorção de nitrogênio do solo, promovendo seu crescimento.

A Hungria também desenvolveu outras soluções biológicas, incluindo o emprego de cepas da bactéria Azospirillum brasilense para otimizar o crescimento das raízes em culturas como o milho, possibilitando que as plantas explorem camadas mais profundas em busca de umidade e nutrientes.

A professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Hungria, utiliza sua pesquisa na restauração de pastagens degradadas. Ela criou um inoculante para gramíneas que eleva a biomassa em 22%, proporcionando uma alimentação mais rica e abundante para o gado.

Ela afirmou, à fundação, que substituir o uso de produtos químicos por produtos biológicos na agricultura tem sido sua principal preocupação, e que se orgulha de contribuir para a produção de alimentos, ao mesmo tempo em que diminui o impacto ambiental.

A pesquisadora compilou desde 2020 uma lista dos “melhores cientistas agrícolas” organizada pela Universidade de Stanford e obteve a maior honraria do Brasil em agricultura, o prêmio Frederico de Menezes Veiga.

O prêmio é concedido com uma recompensa de 500 mil dólares (2,8 milhões de reais).

Fonte: Carta Capital

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