Tailândia e Camboja se acusaram nesta quarta-feira (30) de infringir a trégua estabelecida para encerrar os combates em sua fronteira. Os países concordaram com um cessar-fogo que entrou em vigor na terça-feira, após cinco dias de confrontos que resultaram em pelo menos 43 mortos, devido a uma antiga disputa territorial. A ONU solicitou a ambas as partes que respeitem “plenamente” e “de boa-fé” este “acordo crucial”, enquanto os esforços diplomáticos prosseguem para solucionar as causas subjacentes do conflito.
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O Ministério das Relações Exteriores da Tailândia declarou que seus militares na província de Sisaket “foram atacados” na manhã desta quarta-feira por forças cambojanas com granadas e armas leves. “Isso representa uma flagrante violação do acordo de cessar-fogo”, denunciou o ministério em um comunicado.
O porta-voz do governo tailandês, Jirayu Huangsab, também relatou confrontos noturnos, mas afirmou que “o lado tailandês manteve o controle da situação” e que “as condições gerais na fronteira são relatadas como normais” às 8h00 (23h00 de terça-feira, no horário de Brasília).
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Por outro lado, um funcionário do Ministério da Defesa do Camboja acusou a Tailândia de violar o cessar-fogo duas vezes na terça-feira.
Os dois países do sudeste asiático têm uma disputa de décadas sobre sua fronteira, definida durante o período colonial francês, mas confrontos dessa magnitude não ocorriam desde 2011. O território em disputa é uma região rural, uma área montanhosa cercada por selva e terras agrícolas onde se cultivam borracha e arroz. Embora os dois países sejam intimamente ligados cultural e economicamente, suas relações diplomáticas estão no seu pior momento em décadas.
Com informações da AFP, publicado por Fernando Dias.
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Fonte por: Jovem Pan