Tarcísio afirma não ter insatisfação com o Derrite, que considera a possibilidade de disputar uma vaga no Senado
O secretário de Segurança Pública de São Paulo afirmou à CNN que cumprirá a desincompatibilização eleitoral em abril do próximo ano.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), tem buscado deixar o cargo antes do término do mandato para concorrer ao Senado em 2026, o que gerou desconforto por parte do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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Guilherme Derrite iniciou o tema em um vídeo publicado nas redes sociais. Na gravação, ele declara que “nada está definido”, mas reconhece que “existe uma possibilidade” de tentar retornar ao Congresso Nacional, onde já exerceu o cargo de deputado federal.
Na época, inclusive, houve esforços para desmentir a suposta insatisfação do governador com seu trabalho.
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Se alguém está insatisfeito no estado de São Paulo, você pode ter certeza que quem está mais descontente é o crime organizado, afirmou no vídeo.
A partir dessas declarações, Tarcísio mantinha-se distante do tema. Foi na terça-feira (10) que ele exaltou o trabalho do secretário e também os indicadores de Segurança na gestão atual, dissipando a suspeita de que havia alguma tensão entre eles.
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Durante o discurso na cerimônia de formatura de 1.800 soldados no Autódromo de Interlagos, o governador afirmou que a atuação de Derrite é “irrepreensível” e que ficará “marcada na história de São Paulo”.
Derrite cogitou deixar o cargo já em dezembro deste ano. Contudo, a intenção foi cancelada após o governador manifestar publicamente que contava com ele até 2026.
O secretário, acompanhando o governador no evento, reconheceu ter sugerido tal cenário, porém afirmou que, caso o governador desejasse que ele permanecesse à frente da Segurança Pública do estado, ele seguiria essa determinação.
Considerei essa alternativa, principalmente por motivos pessoais, mas qualquer decisão do governador Tarcísio sobre minha permanência, se for solicitada, eu cumprirei sem objeção. A principal questão sobre o retorno em dezembro está relacionada à Emenda Constitucional da Segurança Pública.
A CNN informou, na quarta-feira (11), que continuará na frente da Secretaria até abril do próximo ano, prazo limite para a desincompatibilização eleitoral.
A intenção é permanecer no cargo executivo estadual até o término do período de desincompatibilização eleitoral.
De acordo com a legislação eleitoral, servidores de secretarias estaduais que desejam concorrer a uma vaga no Senado devem renunciar ao cargo com antecedência de pelo menos seis meses da eleição.
Fonte por: CNN Brasil