O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou, no sábado (26.jul.2025), que a taxação implementada pelos Estados Unidos pode gerar uma retração de até 2,7% do PIB do estado.

A medida deve causar impacto econômico em setores como café, laranja, aço e aeronaves, com uma perda estimada de até 120 mil empregos e R$ 7 bilhões por ano em salários.

Observa-se que isso pode gerar um impacto que varia de 0,3% a 2,7% do PIB. Poderíamos estar falando de 44 mil a 120 mil empregos a menos. E estou falando apenas do cenário de São Paulo. Pode haver uma perda de massa salarial de R$ 3 bilhões a R$ 7 bilhões por ano.

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Tarcísio ressaltou a preocupação com os setores mais vulneráveis da economia paulista em relação às tarifas americanas. Ele mencionou o pequeno produtor de café, que depende do porto de Santos para exportar, visto que cada contêiner transporta uma variedade de produtos de diferentes cooperativas.

Ademais, destacou-se o risco para empresas internacionais, incluindo a Caterpillar, que mantém uma instalação exclusiva no país para a produção de equipamentos destinados à exportação para os Estados Unidos.

Uma empresa mundial pode interromper o fornecimento aqui e retomá-lo em outro local para realizar essa exportação. E isso causa um impacto na cadeia.

O governador também comentou sobre a Embraer, responsável pela fabricação de aeronaves executivas em Gavião Peixoto e de aviões comerciais em São José dos Campos. “É um efeito nefasto”, concluiu.

Tarcísio propôs ações para atenuar os impactos das tarifas e manifestou críticas ao governo federal. Dentre elas, destacam-se o crédito subsidiado com período de carência de um ano e taxas de juros reduzidas, além da destinação de créditos de ICMS já acumulados.

Ele também mencionou articulações internacionais para tentar reverter as tarifas: “Estamos buscando parlamentares e contrapartidas americanas. Empresas dos EUA e agentes do governo que possam se sensibilizar. E estamos fazendo isso de forma profissional e silenciosa”.

Divisão interna.

O governador criticou o que considerou “exploração política” e “divisão interna”.

“O maior ataque à soberania é a divisão interna. Nunca se vai fortalecer o trabalhador prejudicando o empregador”, declarou.

Ratinho Jr. (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (União-GO) também manifestaram críticas ao governo Lula e enfatizararam a necessidade de uma política externa mais técnica.

Caiado afirmou que Lula desrespeita os princípios democráticos e utiliza o cargo para promover uma campanha prematura em favor de sua reeleição, o apelidando de “presidente marqueteiro”.

Ratinho Jr. declarou que a população demonstra insatisfação com o governo atual. Ele complementou que a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “se vitimiza excessivamente”.

Fonte por: Poder 360