O termo “missão” tem sido amplamente utilizado por aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em conversas internas e nos bastidores. Essa palavra se refere a uma possível saída do governador do Palácio dos Bandeirantes para concorrer ao cargo de Presidente da República.
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Nos últimos meses, Tarcísio de Freitas tem defendido o desejo de permanecer na gestão estadual, buscando a reeleição. No entanto, admite que aceitaria o desafio de concorrer ao Palácio do Planalto caso fosse chamado, o que tem sido referido como “missão”. A utilização da palavra se espalhou entre pessoas próximas ao governador.
Há quem acredite que a “missão” já está dada. Um aliado de alto escalão do governador afirmou: “[O ex-presidente Jair Bolsonaro] não tem outra alternativa. Tarcísio não tem escolha”. A avaliação é que, sozinha, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro não teria força suficiente contra Lula, forçando Bolsonaro a pensar em uma chapa conjunta. Outra pessoa próxima pondera: “A missão já foi dada. Até porque ele também é o único candidato com força suficiente e que também abrange o apoio do centrão”.
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A palavra “missão” também se tornou pública na boca de alguns aliados, como o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, que disse, em um jantar com empresários no ABC paulista, que “se Bolsonaro convocar, Tarcísio pode pensar bem e topar essa missão. Parte dos partidos da direita também gostaria de vê-lo como candidato à Presidência da República”.
A expectativa de pessoas próximas é que essa decisão – ou o chamado da “missão” – ocorra em meados de fevereiro do ano que vem, após esgotadas todas as possibilidades de que Bolsonaro concorra. Até lá, o foco do governador de São Paulo será continuar reforçando a fala de que vai tentar a reeleição ao Bandeirantes.
A palavra missão ajuda, como explica um auxiliar: “Quando falamos em missão, a gente vê que é um chamado de fora, para além dos desejos do governador. E consegue comprovar e mostrar que isso está além dele. Que o foco dele mesmo é o Estado de São Paulo e a entrega de projetos por aqui”. A entrega de obras a longo prazo, além do desejo da família, também estão entre as afirmações usadas pelos aliados que reforçam o compromisso de Tarcísio com o Estado. E a “missão” deve continuar percorrendo o entorno do governador pelos próximos meses.
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