Tarcísio solicita autorização a Moraes para visitar Bolsonaro em regime de prisão domiciliar
O governador de São Paulo declara em seu ofício ser “correligionário e amigo” do ex-presidente, sustentando que existem razões “político-institucionais”…

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), protocolou uma petição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, buscando uma visita nesta quinta-feira (7) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se encontra em regime de prisão domiciliar em Brasília. Na comunicação, Tarcísio declara ser “correligionário e amigo” do capitão reformado e acredita que existem razões “político-institucionais” e “humanitárias” que justificariam a autorização de Moraes.
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Solicito a Vossa Excelência autorização para empreender visita domiciliar ao senhor Jair Messias Bolsonaro, no próximo dia 7 de agosto, assumindo, desde já, o compromisso de observar todas as determinações estabelecidas por este juízo.
Após o pedido, Moraes determinou que a defesa de Bolsonaro informe se o ex-presidente tem interesse em receber a visita do governador paulista e de outras cinco pessoas que solicitaram autorização. Dentre elas, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS).
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Tarcísio mantém contato frequente com Bolsonaro, com quem conversa semanalmente por telefone ou mensagens. O ex-presidente, no entanto, teve proibido o uso do celular, na mesma medida em que Moraes determinou sua prisão domiciliar.
A decisão foi tomada pelo ministro na última segunda-feira (4), após Bolsonaro descumprir medidas cautelares. Na manhã desta quarta, Moraes proferiu nova ordem autorizando o ex-presidente a receber visitas dos seus filhos, das cunhadas e dos netos. Além deles, apenas o senador Ciro Nogueira (PP-PI) obteve autorização para visitar o ex-presidente.
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Após Moraes determinar a prisão domiciliar, Tarcísio publicou um vídeo nas redes sociais, na segunda-feira, para criticar a decisão. Ele considerou a prisão como “absurda” e afirmou que Bolsonaro “foi julgado e condenado muito antes de tudo isso começar”.
“Uma tentativa de golpe que não aconteceu, um crime que não existiu e acusações que ninguém consegue provar”, disse Tarcísio. “Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la? Será que não está claro que estamos avançando em cima de garantias individuais?”, disse o governador na ocasião.
Parte do bolsonarismo considera que Tarcísio é mais cauteloso em suas críticas em comparação com outros governadores da direita, devido à necessidade de conciliar apoio a Bolsonaro e seus seguidores sem romper com o STF. Ele se destaca como um dos principais canais de comunicação com o ex-presidente, notadamente com o ministro Alexandre de Moraes.
A atitude do governador, no entanto, é criticada por aliados radicais de Bolsonaro, como Silas Malafaia, que reclama do governador não mencionar expressamente o STF e o ministro em suas declarações.
Com informações do Estadão Conteúdo.
Publicado por Nótaly Tenório
Fonte por: Jovem Pan