O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, declarou no domingo (27.jul.2025) que a taxa de 50% aplicada pelos Estados Unidos ao Brasil não se compara ao acordo comercial entre Washington e a União Europeia. Ele ressaltou que o governo norte-americano busca influenciar o Poder Judiciário brasileiro.
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Na sua avaliação, o entendimento foi de que o acordo com os europeus teve caráter comercial. Já no caso brasileiro, a alíquota de 50% divulgada por Donald Trump (Partido Republicano) representaria uma forma de pressão política.
Amorim declarou ao jornal O Globo que não havia constância de que a União Europeia tivesse sofrido um ataque ao seu sistema judicial, e que não era possível realizar comparações.
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Em sua carta que justificou a taxação dos produtos brasileiros, Trump justificou o aumento pelo tratamento que o governo brasileiro tem dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem disse respeitar “profundamente”. Bolsonaro é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado em 2022.
Amorim afirmou que o Brasil não deve se sentir pressionado a acelerar negociações, como o acordo entre Mercosul e União Europeia, devido aos acordos estabelecidos pelos Estados Unidos com outros países.
O comércio internacional está sujeito a regras e estas devem ser seguidas.
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Os Estados Unidos já assinaram acordos com sete países, entre eles a China. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tem progredido nas negociações.
Fonte por: Poder 360