Tarifas de Trump exercem pressão sobre importadores dos EUA

De acordo com analistas da Barclays, ocorreu um “repasso total” das taxas após a implementação.

09/05/2025 20h33

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(Imagem de reprodução da internet).

Importadores americanos sustentaram em grande parte a extensa agenda tarifária do presidente Donald Trump, de acordo com analistas do Barclays.

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A corretora informou aos clientes que suas análises indicam que, após a implementação das novas tarifas e seu parcial adiamento no início do ano, observou-se um “repasso integral” da taxa inicial de 20% em produtos de origem chinesa.

Os preços de importação dos EUA para Japão, Reino Unido e União Europeia também subiram, destacaram os estrategistas do Barclays.

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Contudo, os analistas notaram que, porquanto os preços de importação não refletem diretamente os custos totais suportados por um importador, eles oferecem estimativas aproximadas do impacto das tarifas.

A maior parte do aumento também pode estar relacionada à recente desvalorização do dólar americano, o que poderia levar os exportadores a elevar os preços, apontaram os analistas.

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A previsão indica que uma desvalorização de aproximadamente 5% no dólar, considerando o comércio amplo até 2025, resultará em um aumento de cerca de 1,8 pontos percentuais na inflação importada não petrolífera no próximo ano e um aumento de 0,2 ponto percentual nos preços ao consumidor subjacentes anualmente.

Os comentários surgem após Trump ter anunciado tarifas punitivas sobre dezenas de parceiros comerciais dos EUA no início de abril, justificando as medidas como necessárias para recuperar empregos de manufatura perdidos e fortalecer as receitas do governo.

Posteriormente, porém, estabeleceu um período de 90 dias na suspensão das tarifas para a maioria desses países, justificando que proporcionaria aos funcionários mais tempo para negociar uma série de acordos comerciais individuais.

A China foi excluída do acordo de adiamento e agora sofre com tarifas de até 145%. Pequim respondeu com tarifas de 125% sobre importações americanas, intensificando as preocupações com uma guerra comercial entre as duas maiores economias.

Na quinta-feira (8 de maio de 2025), Trump e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer anunciaram um acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido, fortalecendo as expectativas de que a Casa Branca possa garantir acordos com outros países. Reuniões estão agendadas para ocorrer na Suíça neste fim de semana entre autoridades americanas e chinesas, com Trump sugerindo que as tarifas elevadas sobre Pequim serão eventualmente reduzidas.

Diversos economistas alertaram que as tarifas podem elevar os preços, sobrecarregar o mercado de trabalho e comprometer o crescimento, ao mesmo tempo em que várias empresas manifestaram que a ausência de clareza nos planos da Casa Branca tornou o planejamento de decisões de investimento mais complexo.

O aumento recente nos gastos e a persistência dos indicadores do mercado de trabalho foram observados. Contudo, no primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto dos EUA diminuiu, em grande parte devido ao aumento das importações, e as leituras mensais do sentimento do consumidor se deterioraram à medida que as famílias temiam que as tarifas pudessem aumentar os preços.

Os analistas do Barclays indicaram que o valor dos encargos tarifários repassados aos preços ao consumidor final dependerá das margens, entre outros fatores.

Analistas relataram que, considerando o cenário atual, com a queda no sentimento do consumidor americano, algumas empresas se mostram relutantes em elevar os preços para atender à demanda.

Com informações da Investing.com Brasil

Fonte: Poder 360

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