A GM (General Motors) viu seu lucro no segundo trimestre de 2025 diminuir em US$ 1,1 bilhão devido às tarifas comerciais implementadas pelo presidente Donald Trump. A informação consta no relatório financeiro divulgado nesta terça-feira (22 de julho de 2025) pela empresa norte-americana.
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Apesar da retração, o desempenho obteve resultados superiores ao projetado pelos especialistas. A razão se deveu às fortes vendas de caminhões a gasolina e veículos SUVs no mercado americano.
A empresa obteve lucro líquido diluído por ação de US$ 2,53, superior ao esperado de US$ 2,44, porém inferior aos US$ 3,06 do período anterior. A receita total atingiu US$ 47 bilhões, representando uma redução de aproximadamente 2% em comparação com o ano anterior.
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A General Motors projeta que o impacto negativo sobre o desempenho financeiro poderá variar entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões em 2025. No período, o lucro líquido ajustado antes de juros e impostos diminuiu 32%, atingindo US$ 3 bilhões, o que levou a empresa a revisar sua projeção anual de lucro ajustado para um intervalo entre US$ 10 bilhões e US$ 12,5 bilhões. As vendas nos Estados Unidos aumentaram 7% e a empresa retomou o lucro na China, após apresentar prejuízo no ano anterior.
As ações da GM recuaram cerca de 6% no início da sessão desta terça-feira (22.jul). A concorrente Stellantis, que produz veículos off-road, declarou que as tarifas já geraram 300 milhões de euros no primeiro semestre e impactarão os resultados do segundo. A GM comunicou que poderá reduzir 30% dos efeitos das tarifas com ações internas.
Em junho, a empresa divulgou um investimento de 4 bilhões de dólares em três fábricas nos EUA – em Michigan, Kansas e Tennessee –, incluindo a transferência da produção do Cadillac Escalade e o aumento da produção de picapes. Atualmente, metade dos veículos vendidos pela GM nos EUA é importada, sobretudo do México e da Coreia do Sul. A Ford, por outro lado, produz 80% de seus carros para o mercado doméstico dentro dos EUA.
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Uma nova legislação aprovada pelo Congresso extinguirá, a partir de setembro, os incentivos fiscais de US$ 7.500 para automóveis elétricos recém-adquiridos e US$ 4.000 para os usados. A diretora executiva da GM, Mary Barra, reiterou o compromisso da empresa com os veículos elétricos, enfatizando que a produção rentável desse setor permanece como o principal objetivo da empresa.
Fonte por: Poder 360