Taxa de 50% afeta nações com as quais “não mantemos boas relações”, afirma Trump

O empresário estabeleceu a taxa mínima de 15%.

24/07/2025 1h27

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que não aplicará tarifas abaixo de 15%, com as mais elevadas, de 50%, destinadas a países com os quais os norte-americanos “não se dão muito bem”.

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O Brasil figura na lista de países sujeitos à taxa de 50%, apesar do déficit na relação comercial com os Estados Unidos.

“Teremos uma tarifa simples e direta de algo entre 15% e 50%”, declarou Trump, conforme reportado pela agência Bloomberg, durante um evento sobre inteligência artificial em Washington. “Temos 50% porque não estamos tendo um bom relacionamento com esses países.”

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Desde que anunciou a tarifação contra o Brasil, o magnata dissemina desinformação sobre o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por liderar a tentativa de golpe de Estado em 2022. Ele alega que há uma “caça às bruxas” e o julgamento sequer deveria prosseguir.

Trump desconhece ou ignora os elementos obtidos pela Polícia Federal que sustentam a denúncia da Procuradoria-Geral da República. Além disso, ele alega não saber que o governo brasileiro não poderia, mesmo que quisesse, revogar um julgamento no Supremo Tribunal Federal.

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Na manhã desta quarta-feira, o Brasil manifestou sua preocupação com o aumento do emprego de tarifas comerciais como ferramenta de pressão política por parte de países com grande influência.

A delegação brasileira manifestou sua forte condenação em relação a “tarifas arbitrárias” que comprometem o comércio internacional e colocam em risco a autonomia de nações em desenvolvimento.

O discurso foi proferido pelo secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Philip Fox-Drummond Gough. “Estamos diante de uma perigosa erosão das normas que sustentam o comércio global. Tarifas estão sendo usadas de forma indiscriminada como instrumentos de coerção e ingerência nos assuntos internos de outros países.”

A nova taxa entrará em vigor a partir de 1º de agosto. O Brasil, contudo, utiliza canais diplomáticos para dissuadir a Casa Branca dessa medida.

Fonte por: Carta Capital

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