Taxa de 50% dos EUA para o Brasil é ‘ataque chocante’, afirma The Economist

A política tarifária de Trump constitui uma das intervenções mais relevantes dos Estados Unidos na América Latina desde a Guerra Fria.

25/07/2025 20h51

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WASHINGTON (United States), 25/07/2025.- US President Donald Trump leave the White House, Washington, DC, USA, 25 July 2025. President Trump is due to visit Scotland for a 4-day visit where he is due to visit his golf courses and met with UK Prime Minister Keir Starmer. EFE/EPA/WILL OLIVER / POOL

A revista The Economist considerou, na última quinta-feira (24), a recente decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre todas as exportações do Brasil e suspender os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como uma “chocante agressão”. A publicação destaca que essa ação representa uma das intervenções mais significativas dos EUA na América Latina desde o período da Guerra Fria. A análise da revista ressalta a relação conflituosa entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caracterizando-os como “inimigos ideológicos”. No entanto, o ataque de Trump foi visto pela revista como uma reação da cúpula do Brics, que ocorreu no Brasil.

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A resposta do STF, que adotou medidas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi considerada uma “ação agressiva”. Segundo a The Economist, as ações de Trump estão produzindo um efeito inverso ao pretendido, elevando o apoio a Lula na população brasileira. A avaliação positiva do presidente aumentou, e o Congresso, com predomínio de partidos de direita, analisa a implementação de tarifas de retaliação contra os Estados Unidos.

A publicação ressalta a importância das exportações brasileiras para o mercado americano, como café e carne, e como essas tarifas podem impactar negativamente áreas que historicamente apoiam Bolsonaro. “O impacto provavelmente recairá desproporcionalmente sobre empresas sediadas em regiões que são redutos de Bolsonaro.”

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A federação de agricultores do Brasil criticou a “natureza política” das tarifas impostas por Trump. Revelou-se surpreendente que a federação de agricultores do Brasil, geralmente leal a Bolsonaro, tenha condenado a “natureza política” das tarifas de Trump. Até mesmo Bolsonaro tentou se distanciar. Ele afirma que as tarifas “não têm nada a ver conosco”.

Ademais, a insatisfação dos brasileiros em relação aos ataques dos EUA ao sistema de pagamentos Pix, que incentivou a competição no setor bancário, é notória. Apesar de a Economist reconhecer que algumas reclamações sobre as práticas comerciais do Brasil podem ser válidas, sugere que a real preocupação de Trump não reside nisso, visto que ele tem desconsiderado os pedidos do governo brasileiro para tratar de um acordo comercial.

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Reportagem produzida com auxílio de IA.

Fonte por: Jovem Pan

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