A varejista chinesa Temu interrompeu a venda de produtos fabricados na China para consumidores nos Estados Unidos. A medida é uma reação à medida conhecida como “taxa das blusinhas” implementada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na sexta-feira (2).
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O presidente dos Estados Unidos removeu a isenção de impostos para produtos com valor inferior a 800 dólares enviados diretamente a consumidores.
Itens com preço inferior a US$ 800 enviados da China por serviços postais, como Temu e Shein, estão sujeitos a um imposto de 120% do valor do pacote ou a uma taxa fixa de US$ 100 por envio, um valor que aumentará para US$ 200 em junho.
A Temu também operará em seu marketplace norte-americano por meio de comerciantes sediados nos EUA, conforme revelado pelo jornal britânico Financial Times. Paralelamente, a empresa está recrutando mais comerciantes no país.
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As importações que solicitam isenção de até US$ 800 cresceram mais de 600% na última década, totalizando mais de 1 bilhão de itens no ano fiscal de 2023, conforme dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras.
Essa elevação se deve ao fato de que milhões de americanos migraram para a Temu devido aos seus preços mais baixos. As exportações chinesas de pacotes de baixo valor dispararam de US$ 5,3 bilhões em 2018 para US$ 66 bilhões em 2023, conforme relatório do Congresso.
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Plataformas de comércio eletrônico, como a Temu, expandiram-se rapidamente nos Estados Unidos nos últimos anos, devido à venda de produtos de origem chinesa, com preços mais baixos e entrega direta ao cliente.
A nova taxação pode afetar a competitividade da empresa no mercado norte-americano.
A Temu informou ao jornal britânico que os preços para consumidores americanos não sofreram alterações, mesmo com a mudança para um modelo de atendimento local. A iniciativa visa auxiliar comerciantes locais a atingir mais clientes e ampliar seus negócios, sendo parte dos ajustes contínuos da plataforma para aprimorar os níveis de serviço.
forma clara
Segundo analistas do Financial Times, os Estados Unidos representam o mercado mais importante da Temu, da PDD Holdings. A empresa continuará importando produtos de vendedores chineses para sustentar suas operações em outros países ocidentais.
A reestruturação ocorre em paralelo com o aumento da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. O governo americano implementou tarifas que atingem 145% sobre a maioria dos produtos chineses, ao que Pequim respondeu com taxas de até 125%.
A China indicou, na sexta-feira, que está considerando um novo ciclo de negociações comerciais com Washington. O Ministério do Comércio da China declarou que os Estados Unidos expressaram vontade de retomar o diáressaltando que a remoção das tarifas permanece uma condição fundamental para qualquer progresso nas discussões.
A partir de 2024, o Brasil implementou a tributação de compras online de baixo valor, também chamada de “taxa da blusinha”, em referência aos produtos de vestuário comprados em lojas virtuais asiáticas, que costumam ser mais acessíveis que os vendidos no mercado nacional.
Professor aponta falha estrutural na economia global.
Fonte: CNN Brasil