Terence Stamp, ator de ‘Superman’ e ‘Priscilla, a Rainha do Deserto’, faleceu aos 87 anos
A família afirmou que ele deixou uma obra notável, tanto como ator quanto escritor, que permanecerá emocionando e inspirando indivíduos por longos anos;…

O ator britânico Terence Stamp faleceu aos 87 anos neste domingo (17), conforme informações de sua família. Conhecido mundialmente por interpretar o vilão General Zod em “Superman” (1978) e “Superman II” (1980), Stamp construiu uma carreira eclética que incluiu filmes de Pier Paolo Pasolini até o cult “Priscilla, a Rainha do Deserto” (1994). “Ele deixa uma obra extraordinária, tanto como ator quanto como escritor, que continuará a emocionar e inspirar pessoas por muitos anos”, declarou a família em comunicado à Reuters. “Pedimos privacidade neste momento de tristeza.” As causas da morte não foram reveladas.
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Criado em 1938 no East End de Londres, filho de um operário portuário, Stamp sobreviveu aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial antes de deixar a escola para trabalhar na publicidade. Uma bolsa de estudos teatrais alterou seu percurso e o levou à fama nos anos 1960, quando se tornou um dos atores mais reconhecidos do cinema britânico.
Na década de 1960, Stamp não era apenas um ator reconhecido, mas um ícone de estilo. Sua beleza notável e elegância sofisticada o tornaram o rosto da cultura pop londrina. Além disso, construiu um dos casais mais glamourosos da época com Julie Christie, sua companheira em Longe Deste Insensato Mundo (1967), e teve vínculos famosos com a modelo Jean Shrimpton.
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Após perder a disputa para ser James Bond, Stamp seguiu para a Itália, onde colaborou com mestres como Federico Fellini e Pasolini em Teorema (1968). Um período de retiro espiritual na Índia, dedicado ao estudo do ioga e de filosofias orientais, precedeu sua consagração como um dos vilões mais marcantes do cinema: o megalomaníaco General Zod.
Sua versatilidade se manifestou plenamente em “Priscilla, a Rainha do Deserto”, onde sua interpretação corajosa de uma mulher transgênero demonstrou sua capacidade de reinvenção artística. Foi ali que se tornou um símbolo que transcendeu gerações. Um outro marco na carreira é o envolvente “O Estranho” (1999), de Steven Soderbergh. Talvez um dos filmes mais maduros da carreira de ambos, Stamp e Soderbergh.
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Infelizmente, o ator acabou diminuindo o ritmo nos anos 2000, sendo convidado para papéis cada vez mais questionáveis, como em “A Filha do Chefe” (2003), “Elektra” (2005) e “Mansão Mal-Assombrada” (2003).
Possui alguns filmes de qualidade a partir dos anos 2000, como “Operação Valquíria” (2008), “Os Agentes do Destino” (2011) e obras de Tim Burton, embora sejam considerados exceções. Sua última exibição foi através de uma participação especial em “Noite Passada em Soho” (2021), de Edgar Wright. Após isso, Terence Stamp se afastou, deixando ao público a imagem que consolidou em seu auge.
Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carol Santos
Fonte por: Jovem Pan