Testemunha afirma que organização fraudulenta alterou papéis para prejudicar idosos

A arrecadação proveniente de descontos pela Conafer subiu de R$ 400 mil em 2019 para R$ 202 milhões em 2023.

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(Imagem de reprodução da internet).

O empresário Bruno Deitos, testemunha no caso das fraudes do INSS, afirmou na quinta-feira (15.mai.2025) que a Conafer adulterou documentos para desviar recursos de aposentados.

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A denúncia foi apresentada pela Polícia Civil em 2021 e divulgada em reportagem do Jornal Nacional. A Conafer registrou o maior aumento nos valores de descontos referentes a benefícios. O montante subiu de R$ 400 mil por ano em 2019 para R$ 57 milhões em 2020 e R$ 202 milhões em 2023, conforme dados da CGU (Controladoria-Geral da União).

Deitos afirmou que a Premier Recursos Humanos foi contratada para revisar os registros de membros por meio da Target Pesquisas de Mercado.

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Os promotores da Premier precisam visitar as residências dos associados para coletar assinaturas em formulários de exclusão nos descontos de mensalidade e associação, além de reportar ausências ou mudanças de endereço.

O diretor da Target informou a Deitos que o aspecto mais relevante era o painel de assinaturas. Ele, então, contratou uma empresa especializada em modificar documentos em formato PDF, que convertiam formulários de exclusão em descontos em contratos de adesão.

Deitos informou à polícia que sua empresa não obteve o pagamento pelo serviço prestado e, ao tentar cobrar, foi ameaçado por Tiago Ferreira Lopes, irmão do presidente da Conafer, Carlos Ferreira Lopes.

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Tiago foi condenado por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e prejuízo ao patrimônio público. Ele alegou ter sofrido mais ameaças e Carlos afirmou ter exercido domínio sobre os diretores do INSS.

O presidente da Conafer declarou possuir controle sobre os diretores do INSS, sem indicar quais seriam; o domínio que o presidente da Conafer mencionou se referia ao repasse de benefícios financeiros para esses diretores, com o objetivo de modificar informações do sistema do INSS, bem como fornecer dados aos aposentados e pensionistas, afirmou a testemunha, em depoimento.

Fonte: Poder 360

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