Testemunha geral confirma autoria de plano para assassinato de Lula em depoimento ao STF

Mario Fernandes declarou ter elaborado o documento “Punhal Verde Amarelo”, e considerou o conteúdo como “uma ideia minha que foi digitalizada”.

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(Imagem de reprodução da internet).

O general Mario Fernandes, atualmente preso, declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ser o responsável pelo plano denominado “Punhal Verde Amarelo”. A Polícia Federal (PF) indica que este plano previa o assassinato do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Fernandes descreveu o documento como “um pensamento meu que foi digitalizado” e “uma análise de riscos”, afirmando tê-lo elaborado para uso pessoal e que “não foi mostrado a ninguém”. Ele negou que tenha compartilhado o documento com qualquer pessoa. Expressou remorso por tê-lo digitalizado, referindo-se a ele como “compilamento de dados” e insistiu que “não passa de um pensamento digitalizado”. O general justificou a impressão do plano para leitura em papel, alegando que o rasgou logo depois.

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A detenção de Fernandes ocorreu em novembro do ano passado, após a Polícia Federal localizar o plano em seus dispositivos eletrônicos. A PF classificou o “Punhal Verde Amarelo” como um “planejamento com características terroristas”. A investigação demonstrou que o plano previa o emprego de “químicos para provocar um colapso orgânico” em Lula, e o assassinato de Moraes por meio de “artefato explosivo” ou envenenamento em evento público. O documento também descrevia o uso de armamento pesado, incluindo pistolas, fuzis, metralhadoras e lança-granadas. A PF apontou que o plano foi impresso duas vezes no Palácio do Planalto, em 9 de novembro e 6 de dezembro de 2022, após as eleições.

Fernandes é apontado como parte do núcleo 2 da suposta trama golpista, acusado de “gerenciar” ações para manter Jair Bolsonaro no poder. A investigação da PF, baseada em elementos como mensagens, arquivos e depoimentos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, sugere o envolvimento de Fernandes em articulações golpistas, incluindo a assessoria a Bolsonaro para seu primeiro discurso após a derrota eleitoral.

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A Suprema Corte está conduzindo entrevistas dos acusados dos núcleos 2 e 4 do suposto esquema golpista por videoconferência. Apesar dos réus poderem permanecer em silêncio, nenhum deles exerceu esse direito até o momento, preferindo se manifestar e responder às acusações.

Reportagem produzida com auxílio de IA.

Fonte por: Jovem Pan

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