Testes de mísseis balísticos da Coreia do Norte, em resposta a sanções internacionais e ataques a instalações nucleares do Irã, reforçaram a determinação do país a prosseguir com seu programa nuclear

Sob a ótica de Kim Jong Un, nações sem armas nucleares representam uma exposição à intervenção, sob a condução dos Estados Unidos.

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(Imagem de reprodução da internet).

Enquanto bombardeiros americanos B-2 sobrevoavam o Irã, com o objetivo de atingir instalações nucleares, especialistas do Leste Asiático já estavam lidando com uma questão crítica: qual sinal o ataque envia à Coreia do Norte, um país cujo arsenal nuclear é muito mais avançado que o do Irã.

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Especialistas alertam que as ações militares de Washington podem fortalecer a determinação de Pyongyang de acelerar o programa de armas da Coreia do Norte e aprofundar a cooperação com a Rússia, além de reforçar a crença de seu líder Kim Jong Un de que o programa nuclear é o principal obstáculo contra a mudança de regime.

Acredita-se que o governo de Kim possua diversas armas nucleares, além de mísseis com capacidade de atingir os Estados Unidos, o que implica que qualquer ataque militar na Península Coreana representaria riscos significativos.

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Lim afirmou que a Coreia do Norte considera o ataque aéreo americano como uma ameaça militar preventiva e, provávelmente, intensificará seus esforços para aumentar sua capacidade de ataques preventivos com mísseis nucleares.

Essa aceleração, alertam analistas, pode ocorrer por meio da assistência russa, devido ao crescente relacionamento militar que os dois vizinhos estabeleceram após a invasão da Ucrânia por Moscou.

A parceria estratégica entre a Coreia do Norte e a Rússia transformou-se em um salvamento econômico e militar essencial para Pyongyang, considerando as atuais sanções ocidentais.

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Com base na aliança estratégica entre os países, Pyongyang provavelmente avançará no desenvolvimento conjunto de armas, exercícios militares combinados, transferências de tecnologia e aumento da dependência mútua em termos econômicos e militares, afirmou Lim.

A Coreia do Norte deslocou mais de 14 mil soldados e milhões de munições, incluindo mísseis e foguetes, para auxiliar na invasão da Rússia, conforme relatório da Equipe de Monitoramento de Sanções Multilaterais (MSMT), uma iniciativa com 11 membros das Nações Unidas.

Em contrapartida, a Rússia disponibilizou à Coreia do Norte diversos itens valiosos de armamento e tecnologia, como equipamentos de defesa aérea, mísseis antiaéreos, sistemas de guerra eletrônica e petróleo refinado.

Essas ações permitem que a Coreia do Norte financie seus programas militares e desenvolva ainda mais seus programas de mísseis balísticos, que são proibidos por várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU, obtendo experiência prática em guerra moderna, constatou o relatório.

Fonte por: CNN Brasil

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