Tiffany se manifesta após ser a primeira atleta trans campeã da Superliga
A Oposta de Osasco se destacou na campanha que culminou com o título.

A Tiffany brilhou como principal jogadora do Osasco na temporada da Superliga Feminina de Vôlei. O time obteve a conquista do título do torneio na quinta-feira (1º), ao derrotar o Sesi Bauru na final realizada no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
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A jogadora marcou 24 pontos na partida decisiva. Foi a segunda maior pontuadora, atrás de Natália (25 pontos), ambas do Osasco. Ela se consagrou como a primeira jogadora transsexual campeã do principal torneio de vôlei do Brasil.
É muito bom poder ter essa representatividade no esporte, sendo a primeira mulher trans campeã da Superliga, após oito anos de muita luta contra a transfobia. “Às vezes, tentei parar por medo, mas tenho um Deus maior que falou: ‘Filha, não, você tem que continuar’”, desabafou.
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“E eu vou continuar, porque eu sei que eu não estou fazendo nada de errado. Eu sei que eu não estou tomando o lugar de ninguém. Eu sei que pessoas precisam de representatividade”, completou.
Tiffany encerrou a temporada com 442 pontos, o quarto melhor resultado da categoria. Ela apresentou um aproveitamento de 42,53% nos ataques durante a disputa da Superliga, que se classificou como a 12ª melhor marca.
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A jogadora abordou a questão da representatividade. Tiffany relatou que indivíduos LGBTQIAPN+ enfrentam preconceito desde a infância e no ambiente familiar, e que desativou as redes sociais durante a fase final da Superliga. A oposta afirmou ser alvo de ataques contínuos em comentários e mensagens diretas.
Muitas vezes, quando famílias LGBTQIA+ descobrem que um membro é mais do que apenas uma pessoa trans, elas o expulso de casa. Assim, às vezes até mesmo na própria família não se encontra amor, afirmou.
Ele afirmou que pretende abrir caminho para inúmeras crianças e adolescentes que um dia almejam ser atletas profissionais, independentemente de serem pessoas trans ou cisgênero. O sonho pode se tornar realidade quando se possui fé e resiliência.
Fonte: CNN Brasil