O torcedor do Flamengo, Jonathan Messias Santos da Silva, de 35 anos, será julgado na 2ª feira (19.mai.2025), às 9h30, no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo.
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Ele é acusado de provocar a morte de Gabriela Anelli, de 23 anos, que sofreu ferimentos fatais por estilhaços de vidro em julho de 2023, momentos antes de uma partida entre Palmeiras e Flamengo no Allianz Parque.
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O ocorrido ocorreu em razão de um embate entre torcedores das duas equipes na área externa do estádio. Os grupos estavam segregados por uma barreira na Rua Padre Antônio Tomás, quando vários objetos foram lançados entre eles.
Fragmentos de uma garrafa quebrada atingiram a jugular de Gabriela. A jovem foi encaminhada ao Hospital Santa Casa, na Vila Buarque, e teve duas paradas cardíacas, falecendo dois dias depois.
O DHPP classificou Jonathan como o responsável pelo ato de arremessar a garrafa. As câmeras de reconhecimento facial no Estádio do Palmeiras foram cruciais para confirmar sua identificação.
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Não há como comprovar que a garrafa (que se quebrou e atingiu Gabriela) foi a de Jonathan. Ele realiza o lançamento da garrafa e tudo mais, mas não foi a dele. Inclusive, as testemunhas, os guardas municipais (que estavam no local) atestam que não sabem informar se foi a dele ou não, afirma José Victor Moraes Barros, advogado de defesa.
O advogado também questiona os fundamentos da acusação: “Meu cliente não faz parte de nenhum grupo organizado. Isso tudo é para quê? Para satisfazer algo ao Ministério Público? Ou uma satisfação para a sociedade paulistana, e por conta do governador e da pressão de tudo mais? Por que o processo é midiático? Questão de guerra de torcidas? É algo muito complicado colocar um inocente na cadeia”.
A delegada Ivalda Aleixo, responsável pelas investigações, afirmou que o sistema de reconhecimento facial foi fundamental para identificar o suspeito, que acessou o estádio imediatamente após o ocorrido.
O laudo técnico registrou o ruído da garrafa se estilhaçando no instante em que Gabriela foi ferida. As fotografias demonstram o indivíduo recolhendo a garrafa do chão, levantando-se e lançando-a, conforme declarado pela delegada.
O exame necroscópico indicou que a lesão fatal resultou em um corte de três centímetros e gerou intensa hemorragia. As investigações demonstraram que outro frasco, arremessado por um torcedor do Palmeiras em direção aos torcedores do Flamengo, foi lançado somente após Gabriela já ter o pescoço ferido.
Jonathan permanece detido preventivamente desde agosto de 2023. Ele é servidor público no Rio de Janeiro, aprovado em concurso como professor do ensino fundamental, porém exercia o cargo de diretor da Escola Municipal Almirante Saldanha da Gama, localizada em Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense.
Os advogados da família de Gabriela sustentam os resultados alcançados pelas autoridades. “As provas são claras, e o que será demonstrado no júri é o que consta no processo. Há perícias realizadas com tecnologia avançada, o DHPP atuou de forma eficiente. temos certeza de que a garrafa que atingiu a Gabriela foi a garrafa arremessada por Jonathan, réu neste caso”, declarou o advogado Yohann Sade.
Fonte: Poder 360