Trabalhadores do Ibama entram em greve para pressionar o governo por aumento salarial
02/01/2024 às 19h45

Os funcionários do Ibama, que é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, decidiram fazer uma paralisação no começo do ano de 2024. Eles estão fazendo isso para pressionar o governo a aumentar seus salários.
Em carta intitulada “Suspensão das atividades de campo e concentração em tarefas burocráticas internas”, os funcionários afirmam que decidiram adotar a chamada operação padrão por não terem tido respostas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos sobre a reestruturação das carreiras do órgão ligado à pasta do Meio Ambiente.
Procurado, o ministério comandado por Esther Dweck afirmou em nota que reinstalou uma mesa permanente de negociação com os servidores públicos e que o primeiro acordo fechado é de reajuste de 9% para todos os servidores, inclusive os do Ibama.
De acordo com o comunicado dos funcionários, a decisão de fazer greve é uma resposta à falta de ação e apoio adequado aos servidores e às tarefas importantes que executamos.
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Segundo o texto, todas as atividades do Ibama que necessitam de ações externas no campo, como operações de fiscalização ambiental na Amazônia e em terras indígenas, como a Yanomami, preservação e combate a incêndios florestais e atendimento a emergências ambientais, podem ser comprometidas até que as negociações com o Ministério da Gestão e Inovação sejam retomadas.
A “suspensão de atividades externas certamente terá impactos significativos na preservação do meio ambiente e atribuímos isso aos dez anos de total abandono da carreira do serviço público que mais sofreu assédio e perseguição ao longo do governo anterior e que ainda não foi devidamente acolhida e valorizada pelo atual”, diz a carta.
O Ministério da Gestão informou que, no segundo semestre de 2023, iniciou 21 negociações com algumas carreiras e já fechou sete acordos.
O Ministério da Gestão considera essencial recompor a equipe de trabalho na Administração Pública Federal. Isso é importante para que o governo consiga executar políticas públicas de forma eficaz. Mesmo com limitações financeiras, o ministério está se esforçando para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal.