Trabalhadores são resgatados após longas horas presos em mina na África do Sul
Cerca de um terço dos mineiros foram removidos do subterrâneo; não houve vítimas.

Quase um terço dos 260 trabalhadores presos no subsolo após um acidente em uma mina de ouro na África do Sul foram trazidos à superfície no sábado (24), informou a empresa, enquanto o sindicato confirmou que não houve feridos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Os garimpeiros ficaram soterrados no subterrâneo após o sistema de acesso ao poço na mina de ouro Kloof – uma das mais profundas da Sibanye, localizada a aproximadamente 60 km a oeste de Joanesburgo – ser danificado em um incidente na quinta-feira (22).
A Sibanye informou que 79 trabalhadores foram levados à superfície na primeira fase de uma operação para retirar os mineiros.
LEIA TAMBÉM:
● Galípolo comemora o afastamento da Fazenda em relação ao IOF e ressalta a rapidez de Haddad
● Aumento do Imposto sobre Operações Financeiras impacta o custo de importações
● A Azul pode buscar a recuperação judicial nos Estados Unidos
Os 181 funcionários restantes receberam alimentação e serão içados à superfície assim que a segurança para o içamento for confirmada.
Um porta-voz da empresa declarou à Reuters no final da tarde desta sexta-feira que o processo deveria ser finalizado “em breve”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Felizmente, não houve mortes ou feridos”, declarou Duncan Luvuno, presidente do Sindicato Nacional dos Mineiros (NUM). “No entanto, as pessoas não comeram nem beberam nada durante 24 horas. Isso não é adequado. Algumas têm doenças crônicas.”
A segurança impediu que os jornalistas se aproximassem do poço da mina, contudo, um repórter da Reuters observou alguns dos mineiros, visivelmente exaustos, porém em boa saúde, irem até a área da empresa e pegarem um ônibus.
Os familiares dos que ainda se encontravam na mina, contudo, manifestaram choque e apreensão em relação ao fato de seus familiares permanecerem no subterrâneo.
“Não abri meus olhos”, afirmou Mamodise Mokone, cujo marido estava entre os mineiros. “Só quero dizer à gerência ou a quem quer que esteja no comando: só quero que meu marido saia vivo.”
A Sibanye afirmou anteriormente que todos os trabalhadores estavam seguros após o que classificou como “incidente na poça” na mina Kloof 7 e estavam reunidos em um ponto de encontro enquanto os esforços eram iniciados para removê-los da mina.
A empresa, com sede em Joanesburgo, destaca-se entre as poucas mineradoras sul-africanas que obtêm lucro em algumas das minas de ouro mais profundas e dispendiosas do planeta. A Sibanye opera na extração de ouro a cerca de 3.200 metros na mina Kloof 7.
A mina Kloof, responsável por 14% da produção total de ouro da Sibanye, ainda opera duas outras minas. A empresa também extrai metais do grupo da platina na África do Sul e nos Estados Unidos.
Incidências relacionadas a mineração são comuns na África do Sul, devido à presença de inúmeras minas desativadas ocupadas por garimpeiros ilegais.
Inicialmente neste ano, pelo menos 78 cadáveres foram removidos de uma mina de ouro ilegal após a polícia interromper o abastecimento de água e alimentos por meses, buscando coibir a atividade de mineração ilegal.
Fonte: CNN Brasil