Transmissão ao vivo do ex-presidente Bolsonaro em unidade de terapia intensiva é um insucesso de audiência

Ele combate a insignificância e o oblívio.

27/04/2025 5h38

1 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

Entre agosto de 1960 e dezembro de 1967, o Recife interrompia suas atividades noturnas dominicais para assistir ao programa “Você Faz o Show”, conduzido por Fernando Castelo e Lolita Rodrigues. Ele, com trajes elegantes, e ela, vestida com roupas de estilistas renomados, proporcionavam um evento sofisticado, considerando a televisão como uma novidade na época.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em direto, o programa contava com uma orquestra completa, dedicada exclusivamente à emissora. No palco imenso de um edifício de mármore, apresentaram-se Orlando Silva, Elza Soares, Miltinho, Ivon Cury, Ângela Maria, Nelson Gonçalves, Elis Regina, Jair Rodrigues, Elizeth Cardoso e Roberto Carlos.

Lembrei-me disso a propósito do programa de televisão protagonizado por Bolsonaro, após a sua sexta cirurgia e enquanto permanece hospitalizado no DF Star, em Brasília, onde passará 15 dias. Em contrapartida, o “Você faz o Show” do ex-presidente não atrai interesse entre seus seguidores e é um desapontamento em termos de audiência nas redes sociais.

LEIA TAMBÉM:

Ninguém se compara a Bolsonaro por um prêmio milionário; apenas figurantes – familiares, amigos, médicos e enfermeiras – montaram uma peça cujo título poderia ser “O martírio do Messias”, aquele que colocou sua vida em risco para salvar o Brasil do comunismo e impedir o retorno de Lula ao poder.

O comunismo nunca representou uma ameaça ao Brasil, ainda que tenha sido utilizado como justificativa para a instauração de uma ditadura militar que durou 21 anos. Bolsonaro não evitou, nem mesmo com um golpe, o retorno de Lula ao poder pela terceira vez, o que lhe resultou em um fracasso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O machado “imrochável, incômodo e imorrível” não está à beira da morte como parece. Está à beira de ser condenado e preso pelo Supremo Tribunal Federal. Fugirá ou será recolhido aos costumes à espera de uma anistia que não virá? Ou de uma revolta popular pela qual tanto anseia?

O evento horripilante, transmitido ao vivo de um quarto de hospital na UTI, visa a Bolsonaro comover e inflamar os ânimos daqueles que ainda acreditam em sua ressurreição política.

Bolsonaro se desespera na esteira, buscando a compaixão do povo brasileiro e resistindo à insignificância e ao oblíquo. É positivo que o realize para cumprir seu papel.

Todas as colunas do Blog do Noblat

Fonte: Metrópoles

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.