Transmissão brasileira é enviada para o setor masculino de Guantánamo

O Brasil solicitou asilo nos EUA em fevereiro, porém foi detido e encaminhado para uma área masculina da prisão de Guantánamo.

01/05/2025 21h04

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

A brasileira Tarlis Marcone de Barros Gonçalves chegou aos Estados Unidos em 15 de fevereiro, buscando asilo, mas foi presa por autoridades de imigração e encaminhada para a prisão de Guantãnamo. Na unidade de detenção, a mulher transgênero foi direcionada para uma ala masculina, mesmo com manifestações.

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Gonçalves afirmou, durante depoimento à Justiça dos EUA em março, que procurou refúgio nos Estados Unidos devido a ameaças repetidas no Brasil.

“Em 15 de fevereiro de 2025, entrei nos Estados Unidos vindo do México, próximo a El Paso, Texas, onde fui detida por autoridades norte-americanas”, declarou a brasileira. “Um agente de imigração perguntou se eu queria assinar uma ordem de deportação, mas recusei, pois tenho medo pela minha vida no Brasil.”

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Inicialmente, Gonçalves relata ter sido transferida para um centro de processamento no Novo México. Lá, permaneceu detida entre os dias 17 e 26 de fevereiro, em uma cela com 49 homens, mesmo manifestando seu desconforto em estar alojada com detentos do sexo masculino. Ela também alega ter informado autoridades locais sobre casos de assédio.

Em fevereiro, a cidadã relata ter sido algemada nos pés, quadris e pulsos. Em seguida, foi levada para um ônibus e entrou em um avião militar, sem conhecer o destino.

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“Quando o avião pousou no dia seguinte, eles me informaram que estávamos em Guantanamo, Cuba. Eu não tinha conhecimento do que estava ocorrendo”, afirmou Gonçalves Justiça, norte-americano.

Tratamento desumano

Na prisão militar norte-americana em Cuba, a mulher relata ter sido transferida para uma nova cela masculina, onde permaneceu com cinco homens, apesar das reclamações sobre o desconforto.

“Sempre que eu ia ao banheiro ou tomava banho, eu estava à vista de todos – não havia nenhuma porta que me desse privacidade”, lembra Gonçalves. Era uma experiência desumanizante, considerando que ela era mulher. Além disso, somente lhe davam uma peça de roupa para usar o tempo todo.

Além dos casos de assédio, a brasileira relata ter sofrido fome em Guantãnamo, visto que os detidos recebiam apenas duas refeições diárias, uma pela manhã e outra à tarde. Essas refeições costumavam ser compostas por salada, arroz, uma pequena porção de carne e uma fruta.

Em 2 de março, Gonçalves foi novamente algemada e transferida para outra aeronave. Sem saber o destino a que seria encaminhada, ela soube que havia retornado aos EUA somente após o avião pousar e autoridades da imigração informarem que estavam em Miami.

A mulher ficou presa na prisão de Pine Prairie, em Louisiana, em uma cela de isolamento. No início de abril, foi deportada para o Brasil.

Fonte: Metrópoles

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