Tribunal de Contas da União inicia investigação sobre despesas da Apex Minas em viagem ao Japão

O ministro Walton Alencar Rodrigues apresenta a medida devido à ausência de transparência nos gastos da Exposição Internacional do Futuro, que será realizada em 2025.

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(Imagem de reprodução da internet).

O Tribunal de Contas da União iniciou uma auditoria para apurar a regularidade dos processos e gastos da ApexBrasil, referentes à Exposição Internacional de 2025, em Osaka, Japão. A decisão foi comunicada nesta quarta-feira (4.jun.2025) durante sessão plenária da Corte, sob o pedido do ministro Walton Alencar Rodrigues.

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A ausência de informações sobre os gastos com a exposição levou à auditoria, afirmou o ministro. Ele declarou que se preocupava com a questão, pois as informações deveriam estar disponíveis no site da agência para consulta pública.

A auditoria deve ser conduzida com a máxima celeridade, considerando a materialidade, relevância e riscos associados a esses gastos públicos.

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Não foram divulgados os valores precisos dos gastos da agência com a exposição. O TCU também não informou o prazo para a conclusão da auditoria nem quais procedimentos específicos serão analisados.

A Exposição Universal de 2025 ocorrerá em Osaka, entre os dias 13 de abril e 13 de outubro de 2025.

Organizada pelo BIE (Bureau Internacional de Exposições) e busca promover inovações e soluções sustentáveis e inclusivas para os desafios globais. O tema é “Projetar a Sociedade Futura para as Nossas Vidas”.

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A iniciativa já foi visitada por autoridades brasileiras. Em 24 de março, a primeira-dama Janja da Silva acompanhou a montagem do pavilhão brasileiro. O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Roberto Barroso, proferiu palestra no evento em abril.

O jornal digital buscou a ApexBrasil, que em nota informou não ter recebido nenhuma notificação do TCU.

Declarou que, após a licitação para o projeto do Pavilhão do Brasil na exposição, “teve que desistir do projeto” e obteve uma proposta do governo japonês para a construção do pavilhão.

A avaliação da área técnica da agência indicou que, além do alto custo, o cronograma tornava impossível a conclusão da obra no prazo estabelecido, o que colocaria em risco a participação do Brasil na Exposição Universal.

Considerando essa situação, o governo japonês propôs a construção do pavilhão sob um novo modelo, prática que também foi adotada em relação a vários outros países, o que gerou uma solução mais eficiente e com custos consideravelmente menores.

A curadoria do novo projeto foi conduzida pela cenógrafa Bia Lessa, artista experiente e de reconhecido prestígio internacional, que também coordenou o pavilhão brasileiro na Expo de Hannover, em 2000. Seu trabalho em Osaka tem recebido grande destaque: mais de 250 mil pessoas já visitaram o espaço brasileiro.

Ademais, com a reestruturação do modelo do pavilhão, a ApexBrasil convidou os arquitetos envolvidos no projeto original para continuarem na equipe, porém eles decidiram não fazê-lo. Os valores pagos referentes aos serviços prestados até a mudança – mais de R$ 5 milhões – foram devidamente realizados pela agência.

Fonte por: Poder 360

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