Tribunal mantém Cristian Cravinhos livre após MP desistir de recurso

O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação de Cristian Cravinhos, que foi considerado culpado pela morte do casal Manfred e Marísia Von Richthofen, ocorrida em 2002, e que continua cumprindo a pena em liberdade, após ser solto em março deste ano.

Daniel Cravinhos é o último dos três condenados que recebeu benefício para cumprir a pena em liberdade. Suzane Von Richthofen também cumpre o restante da pena em liberdade e está solta desde janeiro de 2023.

Em 2017, Cristian foi encaminhado ao regime aberto, porém, perdeu o benefício após ser preso sob suspeita de ter agredido uma mulher, além de tentar subornar policiais em Sorocaba, interior de São Paulo, e estar em local não declarado à Justiça.

Ele propôs pagar R$ 1 mil para evitar ser preso e informou que seu irmão, Daniel, chegaria com mais R$ 2 mil para os policiais. Com ele, os oficiais apreenderam dinheiro e um carregador de 9 mm, que possui uso restrito.

Após meses, foi absolvido da acusação de porte ilegal de munição, porém foi condenado pelo crime de tentativa de suborno, com sentença de quatro anos e oito meses de prisão por corrupção ativa.

O desembargador Damião Cogan declarou que o paciente “vem demonstrando autodisciplina e senso de responsabilidade esperados para o cumprimento de pena no regime aberto”, ressaltando que ele já trabalhou nas saídas temporárias, retornando à penitenciária sem ocorrências.

No documento, ao qual a CNN teve acesso, o órgão cita que o condenado ainda tem 16 anos de pena a cumprir, terminando, de fato, em 2041.

Na ocasião em que foi determinado o regime aberto, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani ressaltou o adequado comportamento do preso na penitenciária e o laudo positivo emitido por especialistas que realizaram uma avaliação psicológica de Cravinhos.

Após solicitar à Justiça para retornar a regime menos rigoroso, em agosto do ano anterior, ele passou por uma avaliação psicológica, o Teste de Rorschach, que indicou pontos positivos para a progressão.

Relembre o caso

Em 31 de outubro de 2002, Daniel e Cristian Cravinhos assassinaram a pauladas o engenheiro Manfred e a psiquiatra Marícia Von Richthofen, pais de Suzane Von Richthofen, na residência do casal, localizado no bairro Campo Belo, zona sul de São Paulo.

Na época, a jovem de 18 anos e mentora do crime declarou às autoridades que os pais não concordavam com seu relacionamento com Daniel.

Em 2006, Suzane e Daniel foram julgados e receberam condenações de 39 anos e seis meses de prisão. Cristian foi condenado a 38 anos e seis meses.

Fonte por: CNN Brasil