Tribunal Regional do Pará determina o fim do mandato do senador Beto Faro, do PT
O deputado assegura não ter praticado desvio de conduta, corrupção, assédio eleitoral ou obtenção ilegal de votos. Ele tem a possibilidade de apresentar recursos para tentar anular a decisão.

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará determinou o fim do mandato do senador Beto Faro (PT) devido a supostas irregularidades como abuso de poder econômico, corrupção, assédio eleitoral e obtenção ilegal de votos nas eleições de 2022.
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Quatro juízes do TRE-PA votaram para acompanhar o relator Marcus Alan de Melo Gomes e cassar o mandato do parlamentar. Dois votos foram contrários ao pedido.
O processo judicial se fundamentou em uma ação protocolada pelo PL. O partido alegou que funcionários de uma empresa de um aliado de Faro teriam sido coagidos a votar no político em troca de um pagamento adicional no vale alimentação. Áudios de reuniões e mensagens trocadas em grupos de WhatsApp foram utilizados para sustentar a acusação.
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O senador, durante a sessão, alegou que as gravações foram realizadas de maneira ilegal, o que foi questionado pela maioria dos ministros do TRE-PA.
A decisão que remove o mandato do parlamentar também impacta os suplentes Josenir Gonçalves Nascimento (PT) e Leny May da Silva Campêlo (PCdoB), porém não produz efeito imediato. Na prática, o senador só perderá o cargo se a determinação for confirmada pelas instâncias superiores e após o esgotamento de todos os recursos. Em comunicado, Faro e o PT do Pará já declararam que pretendem recorrer.
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O senador Beto Faro e o Partido dos Trabalhadores do Pará receberam com serenidade a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, embora dela discordem. Com plena confiança na Justiça Eleitoral, comunicam que irão recorrer da decisão, certos de que a verdade será reconhecida e a inocência do senador plenamente comprovada.
Faro, que exerceu mandatos como deputado federal entre 2007 e 2021, obteve mais de 1,7 milhão de votos para se tornar senador em 2022.
Fonte: Carta Capital