Tribunal Reverte Falência da Oi, Acirrando Debate Sobre Governança Empresarial em 2025

Tribunal reverte falência da Oi, reacendendo debate sobre governança empresarial. Dados da FecomercioSP apontam para 7,2 milhões de empresas inadimplentes em 2025. Especialistas alertam para riscos negligenciados e a importância da governança e planejamento jurídico

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(Imagem de reprodução da internet).

Reversão da Falência da Oi Desencadeia Debate Sobre Governança Empresarial

A recente decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro de reverter a falência da Oi reacendeu discussões importantes sobre a necessidade de uma governança empresarial sólida e planejamento jurídico eficaz, especialmente diante do aumento da inadimplência entre empresas.

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Dados recentes da FecomercioSP, com base em informações da Serasa Experian, revelam que, em 2025, 7,2 milhões de empresas – representando 31% do total de ativos no país – não cumpriram suas obrigações financeiras. Esse número, superior aos 6,9 milhões registrados em 2024, demonstra uma preocupante tendência.

Crises Resultantes de Riscos Negligenciados

O caso da Oi ilustra como fragilidades acumuladas ao longo do tempo podem levar a crises de grande magnitude, especialmente em negócios sujeitos a pressões regulatórias e desafios operacionais. Segundo Lucas Mantovani, advogado e cofundador da SAFIE, a experiência da Oi serve como um alerta para organizações de todos os portes.

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Ele enfatiza que crises frequentemente surgem após longos períodos em que riscos em áreas como jurídica, financeira e administrativa são negligenciados.

Importância da Governança e Transparência

Mantovani ressalta que estruturas decisórias claras são cruciais para evitar lentidão em momentos críticos. Conselhos atuantes, com papéis bem definidos e processos documentados, permitem que as empresas respondam rapidamente e minimizem os impactos negativos.

Além disso, a transparência financeira, com informações precisas para investidores, credores e parceiros, é fundamental. Relatórios consistentes e estruturas societárias compreensíveis facilitam o monitoramento de riscos e a prevenção de crises.

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Planejamento Jurídico e Gestão de Riscos

O especialista destaca que empresas em setores regulados precisam de acompanhamento jurídico contínuo. Contratos mal elaborados ou interpretações imprecisas podem gerar disputas demoradas e dispendiosas. Portanto, um planejamento jurídico estruturado é parte essencial da rotina de qualquer negócio.

Programas de compliance ajudam a identificar vulnerabilidades internas e a proteger a reputação da empresa, enquanto a gestão de riscos permite uma resposta rápida a incidentes e reduz perdas operacionais.

Continuidade de Operações e a Importância da Prevenção

Finalmente, Mantovani aponta para a necessidade de planos de contingência para operações consideradas críticas. Ter estratégias para manter contratos, operações e responsabilidades legais sob controle é essencial para mitigar impactos financeiros e regulatórios em momentos de instabilidade.

Ele enfatiza que a prevenção jurídica deve ser parte integrante de uma agenda estratégica, demonstrando como uma governança forte e a análise cuidadosa de riscos podem sustentar negócios em ambientes competitivos e regulatórios cada vez mais complexos.

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