Trump acusa Ramaphosa de “genocídio” de brancos na África do Sul

Cidadão sul-africano desmente, porém, o diretor da Casa Branca apresenta vídeo que, segundo ele, demonstra perseguição a fazendeiros brancos.

21/05/2025 18h51

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(Imagem de reprodução da internet).

O encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, foi acompanhado de acusações de “genocídio a fazendeiros brancos”. Apesar da falta de evidências, Trump exibiu um vídeo que, em sua visão, confirmava os ataques. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (21.mai.2025), na Casa Branca.

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Enquanto Ramaphosa buscava conduzir o diápara a relação econômica entre os dois países, Trump mantinha seu discurso. Após negativas, o presidente da Casa Branca exibiu um vídeo do líder do partido EFF (Economic Freedom Fighters), Julius Malema, cantando “Kill the Boer” – mate o fazendeiro, em tradução livre.

“Temos milhares de relatos sobre isso. Possuímos documentários e notícias”, declarou o norte-americano. Após assistir ao vídeo, Ramaphosa questionou se o republicano conhecia a origem da informação. Trump respondeu que não.

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O sul-africano afirmou que “nossa democracia multipartidária permite que as pessoas se expressem. Nossa política governamental é completamente contrária ao que o vídeo mostra”.

“Kill the Boer” é uma canção anti-apartheid ligada ao movimento de libertação negra e à resistência armada contra o regime da época (1948-1994). Atualmente, a música se tornou controversa devido a críticas que afirmam que a frase incita violência racial.

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De acordo com Ramaphosa, a criminalidade na África do Sul está ligada à situação econômica do país, e não a questões raciais. Apesar de admitir a violência no país, o presidente da África do Sul reiterou que “os mortos não são só brancos”.

O líder da Casa Branca também mencionou Elon Musk, bilionário sul-africano branco que obteve influência no governo dos EUA durante o segundo mandato de Trump. Musk defende a alegação de um genocídio contra fazendeiros brancos que teria ocorrido na África do Sul.

O clima incômodo entre os líderes mundiais já era, em certa medida, previsível, considerando que Trump apresentou Ramaphosa como um “convidado polêmico” no início do encontro. A discussão sobre as relações econômicas foi prejudicada pelas acusações de genocídio e o presidente sul-africano.

Fonte: Poder 360

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