Trump afirma que não irá demitir Powell até o término do mandato do presidente do Federal Reserve
Apesar de manter o chefe do Federal Reserve, o presidente dos EUA afirmou que a razão pela qual os juros não foram reduzidos é que Powell não é um apoiador dele.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que não irá demitir Jerome Powell da presidência do Federal Reserve (Fed) e aguardará o término do contrato do banqueiro.
Powell projeta permanecer como presidente do Federal Reserve até o final de 2026. A afirmação de Trump sobre sua permanência até o término do contrato foi feita em entrevista à NBC.
Apesar de assegurar a permanência de Powell na função, o republicano declarou que o Fed deveria diminuir as taxas de juros o mais breve possível, e que tal não ocorreu até então.
Ele deveria reduzi-las e em algum momento fará. Prefere não fazê-lo porque não sou seu fã. Ele simplesmente não gosta de mim, pois acredita que é um completo inflexível.
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Ao ser questionado sobre a remoção de Powell antes do término de seu mandato em 2026, Trump negou veementemente, afirmando: “Não, não, não. Isso foi um total… por que eu faria isso? Precisaria substituir a pessoa em um curto espaço de tempo.”
As ações da Wall Street despuseram-se significativamente no mês passado, após o republicano intensificar os ataques ao presidente do Fed, aumentando as preocupações com a independência do banco central e afetando os mercados. Posteriormente, Trump suavizou sua postura.
Os comentários divulgados neste domingo (2) representaram a indicação mais clara até o momento de que o presidente dos EUA manteria Powell no cargo, o que pode tranquilizar os mercados, profundamente apreensivos pelas ações de Trump para desestabilizar o sistema comercial global com um tsunami de tarifas.
Em 2 de abril, Trump estabeleceu uma tarifa mínima de 10% para a maioria dos países, juntamente com tarifas mais elevadas para diversos parceiros comerciais, que foram suspensas por 90 dias. Ele também aplicou taxas de 25% sobre automóveis, aço e alumínio, além de 25% sobre Canadá e México e 145% sobre a China.
A Casa Branca está negociando acordos comerciais com mais de 15 países para evitar tarifas elevadas, e fontes indicam que a primeira concretização poderá ser anunciada em breve.
Trump admitiu que teve uma postura excessivamente rígida em relação à China, que envolvia a restrição do comércio entre as duas maiores economias, e afirmou que Pequim demonstra interesse em alcançar um entendimento.
“Paramos de repente”, declarou. “Isto significa que não estamos perdendo um trilhão de dólares… porque não estamos fazendo negócios com eles agora. E eles querem fazer um acordo. Eles querem muito fazer um acordo. Vamos ver como tudo isso vai acabar, mas tem que ser um acordo justo”, completou.
Fonte: CNN Brasil