Trump afirma que os EUA exportarão “grande quantidade” de carne bovina para a Austrália

A Austrália anunciou na quinta-feira (24) que relaxaria as normas de segurança sanitária para carne bovina dos Estados Unidos, uma decisão que os especi…

25/07/2025 9h25

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(Imagem de reprodução da internet).

Os Estados Unidos estão fornecendo “grande quantidade” de carne bovina para a Austrália, declarou o presidente dos EUA, Donald Trump, na quinta-feira (25), após Canberra ter flexibilizado as restrições de importação, ressaltando que outros países que se recusaram a receber produtos de carne bovina americanos foram alertados.

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Na quinta-feira (24), a Austrália anunciou que relaxaria as normas de segurança sanitária para a carne bovina dos Estados Unidos, uma medida que os especialistas preveram não elevaria de forma notável as exportações americanas, considerando que a Austrália é um importante produtor e exportador de carne bovina, com preços consideravelmente mais baixos.

“Vamos vender muito para a Austrália porque esta é uma prova inegável e irrefutável de que a carne bovina dos EUA é a melhor e mais segura do mundo”, declarou Trump em uma publicação no Truth Social.

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Os demais países que rejeitam nossa excelente carne bovina estão ATENTOS.

Trump buscou renegociar acordos comerciais com diversos países, uma alegação que muitos economistas questionam.

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O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que “durante décadas, a Austrália impôs barreiras injustificadas à carne bovina dos EUA”, considerando a decisão um “marco importante na redução das barreiras comerciais e na garantia de acesso ao mercado para os agricultores e pecuaristas dos EUA”.

A Austrália não é um importador relevante de carne bovina, contudo os Estados Unidos são, e uma redução na produção está obrigando o país a elevar suas compras.

Naquele ano, a Austrália exportou cerca de 400 mil toneladas métricas de carne bovina, avaliadas em US$ 2,9 bilhões, para os Estados Unidos, enquanto apenas 269 toneladas de produto americano foram enviadas para o país.

As autoridades australianas declaram que o afrouxamento das restrições não está vinculado a nenhuma negociação comercial, sendo o produto de uma avaliação de anos das medidas de biossegurança dos Estados Unidos.

Austrália restringiu as importações de carne bovina dos Estados Unidos desde 2003 em razão de preocupações com a encefalopatia espongiforme bovina, também conhecida como doença da vaca louca.

A partir de 2019, é permitida a entrada de carne proveniente de animais nascidos, criados e abatidos nos Estados Unidos, porém poucos produtores conseguiram comprovar que seu rebanho não se originou no Canadá ou no México.

A quarta-feira viu o Ministério da Agricultura da Austrália declarar que os sistemas de rastreabilidade e controle de gado dos EUA haviam se desenvolvido o suficiente para permitir que a Austrália aceitasse carne bovina proveniente de gado nascido no Canadá ou abatido nos Estados Unidos.

A decisão gerou preocupação na Austrália, onde a biossegurança é considerada fundamental para prevenir que doenças e pragas prejudiquem o setor agrícola.

É necessário verificar se o governo está comprometendo os elevados padrões de segurança sanitária, unicamente para que o primeiro-ministro Anthony Albanese consiga uma reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, acompanhado por David Littleproud, membro da oposição ao governo Albanese que se dedica a questões do Ministério da Agricultura.

A Austrália, que importa mais dos EUA do que exporta, confronta uma tarifa universal de 10% dos EUA, além de tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio. Trump também ameaçou impor uma tarifa de 200% sobre produtos farmacêuticos.

O ministro do Comércio da Austrália, Don Farrell, respondeu: “Não tenho muita certeza”.

“Não buscamos atrair os americanos para um acordo comercial”, declarou ele.

Fonte por: CNN Brasil

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