Trump afirma que os EUA exportarão “grande quantidade” de carne bovina para a Austrália
A Austrália anunciou na quinta-feira (24) que relaxaria as normas de segurança sanitária para carne bovina dos Estados Unidos, uma decisão que os especi…

Os Estados Unidos estão fornecendo “grande quantidade” de carne bovina para a Austrália, declarou o presidente dos EUA, Donald Trump, na quinta-feira (25), após Canberra ter flexibilizado as restrições de importação, ressaltando que outros países que se recusaram a receber produtos de carne bovina americanos foram alertados.
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Na quinta-feira (24), a Austrália anunciou que relaxaria as normas de segurança sanitária para a carne bovina dos Estados Unidos, uma medida que os especialistas preveram não elevaria de forma notável as exportações americanas, considerando que a Austrália é um importante produtor e exportador de carne bovina, com preços consideravelmente mais baixos.
“Vamos vender muito para a Austrália porque esta é uma prova inegável e irrefutável de que a carne bovina dos EUA é a melhor e mais segura do mundo”, declarou Trump em uma publicação no Truth Social.
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Os demais países que rejeitam nossa excelente carne bovina estão ATENTOS.
Trump buscou renegociar acordos comerciais com diversos países, uma alegação que muitos economistas questionam.
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O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que “durante décadas, a Austrália impôs barreiras injustificadas à carne bovina dos EUA”, considerando a decisão um “marco importante na redução das barreiras comerciais e na garantia de acesso ao mercado para os agricultores e pecuaristas dos EUA”.
A Austrália não é um importador relevante de carne bovina, contudo os Estados Unidos são, e uma redução na produção está obrigando o país a elevar suas compras.
Naquele ano, a Austrália exportou cerca de 400 mil toneladas métricas de carne bovina, avaliadas em US$ 2,9 bilhões, para os Estados Unidos, enquanto apenas 269 toneladas de produto americano foram enviadas para o país.
As autoridades australianas declaram que o afrouxamento das restrições não está vinculado a nenhuma negociação comercial, sendo o produto de uma avaliação de anos das medidas de biossegurança dos Estados Unidos.
Austrália restringiu as importações de carne bovina dos Estados Unidos desde 2003 em razão de preocupações com a encefalopatia espongiforme bovina, também conhecida como doença da vaca louca.
A partir de 2019, é permitida a entrada de carne proveniente de animais nascidos, criados e abatidos nos Estados Unidos, porém poucos produtores conseguiram comprovar que seu rebanho não se originou no Canadá ou no México.
A quarta-feira viu o Ministério da Agricultura da Austrália declarar que os sistemas de rastreabilidade e controle de gado dos EUA haviam se desenvolvido o suficiente para permitir que a Austrália aceitasse carne bovina proveniente de gado nascido no Canadá ou abatido nos Estados Unidos.
A decisão gerou preocupação na Austrália, onde a biossegurança é considerada fundamental para prevenir que doenças e pragas prejudiquem o setor agrícola.
É necessário verificar se o governo está comprometendo os elevados padrões de segurança sanitária, unicamente para que o primeiro-ministro Anthony Albanese consiga uma reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, acompanhado por David Littleproud, membro da oposição ao governo Albanese que se dedica a questões do Ministério da Agricultura.
A Austrália, que importa mais dos EUA do que exporta, confronta uma tarifa universal de 10% dos EUA, além de tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio. Trump também ameaçou impor uma tarifa de 200% sobre produtos farmacêuticos.
O ministro do Comércio da Austrália, Don Farrell, respondeu: “Não tenho muita certeza”.
“Não buscamos atrair os americanos para um acordo comercial”, declarou ele.
Fonte por: CNN Brasil